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Peixes contaminados em pesquisa científica são furtados de laboratório da Unesp

Cerca de 50 peixes da espécie piracanjuba utilizados em experimentos científicos internacionais foram furtados, na madrugada desta terça-feira, 8, do laboratório de piscicultura da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Ilha Solteira, interior de São Paulo. De acordo com o técnico Wilder Jordão, os espécimes estão contaminados por produtos químicos e receberam hormônios como parte das pesquisas, não podendo ser consumidos. No total, cerca de 100 quilos de peixes foram levados. A polícia foi mobilizada, mas até o fim da tarde, nenhum suspeito tinha sido encontrado. O furto ocorreu no campus 2 da universidade, que foi invadido pelos ladrões. Os peixes foram retirados de uma estufa usada em pesquisas dos cursos de Zootecnia de Biologia. De acordo com Jordão, a ação dos criminosos levou à perda de estudos científicos de vários anos. Ele alertou que alguns produtos aplicados nos espécimes podem ter efeito cancerígeno em pessoas. O técnico fez um apelo para que os autores do furto ou pessoas que tiveram acesso a esses peixes evitem o consumo da carne. "Não é recomendado, pode acarretar problemas de saúde", disse. A Polícia Civil informou ter feito perícia no local e investiga pistas dos suspeitos. A piracanjuba é um peixe que habita a bacia do Rio da Prata e está em risco de extinção. O espécime chega a medir 80 cm e pesar até seis quilos. É um peixe migratório, encontrado também em rios dos Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Bovinos No dia 22 de dezembro, quatro novilhas da raça girolanda usadas em pesquisas sobre proteínas foram abatidas a tiros e tiveram as carnes roubadas do Instituto de Zootecnia de Nova Odessa, também no interior. Os estudos vinham se desenvolvendo havia quatro anos. O pesquisador Enilson Geraldo Ribeiro lamentou a "enorme perda" para a ciência. Dias antes, dois bovinos também usados em experimentos científicos tinham sido furtados do local.