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Preso por importunação sexual ganha liberdade após pagar fiança de R$ 1,9 mil

Um homem, de 34 anos, foi preso em flagrante na tarde desta quinta-feira, 3, por importunação sexual, após mostrar as partes íntimas para duas crianças, de 7 e 8 anos, no bairro Campo Grande, na zona sul da capital paulista. Apesar da lei que torna crime a ação, em menos de 24 horas, Élcio Luiz Baptista foi posto em liberdade, após pagar fiança de R$ 1.996. O delegado do 99º DP Campo Grande, Renzo Zorzi, critica a decisão. "Apesar de ter sido preso em flagrante, pagou fiança e já está solto", disse. Câmeras de segurança da região registraram o momento em que Elcio Batista abriu as calças em frente ao portão da residência onde estavam as meninas. O homem foi encaminhado no início da tarde desta sexta-feira, 4, para audiência de custódia. Pagou a fiança e já está solto. Caso As duas meninas brincavam na garagem da casa quando a avó percebeu que as crianças estavam assustadas. Como na residência da frente há câmeras de segurança, foram ver as imagens e ligaram para a polícia. Além de passar em frente ao portão por duas vezes e abrir as calças em frente as meninas, o técnico de informática também passou de moto pelo local. Pelo número da placa, a polícia localizou o endereço residencial do acusado. Ele já havia saído para trabalhar. A polícia foi até seu trabalho e mostrou as imagens ao Elcio Batista, que no início negou, mas depois acabou confessando o crime. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou nesta manhã que a Polícia Civil prendeu em flagrante o técnico de informática, por importunação sexual, na tarde desta quinta-feira, na zona sul da capital. Em 2005, ele já havia sido acusado de crime parecido, mas não foi penalizado. O caso foi registrado no 99º DP Campo Grande. O presidente da República em exercício, na época, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), sancionou no dia 24 de setembro do ano passado, a lei que torna crime a importunação sexual, com pena prevista de 1 a 5 anos de prisão. A proposta ganhou força no Legislativo após casos de homens que se masturbaram e ejacularam em mulheres dentro de transporte público ganharem repercussão.