. O montante será usado para indenização das vítimas caso João de Deus seja condenado pelos crimes. Ele nega todas as acusações. Em depoimento, o médium chegou a dizer que não se lembrava de nenhuma das mulheres que o acusam e que tem disfunção erétil. Até o momento, 600 contatos chegaram ao Ministério Público de Goiás, e 260 foram identificadas como vítimas. Destas, 79 já prestaram depoimentos.
Também na quinta-feira, a coordenação do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais do Ministério Público do Rio de Janeiro ouviu uma mulher que acusa o médium de crime sexual. Outras quatro mulheres já prestaram depoimento no Rio de Janeiro e uma no município de Angra dos Reis, na costa fluminense. As idades das mulheres variam entre 20 e 60 anos. Os casos teriam acontecido entre 2008 e o ano passado.
Reviravolta na Justiça
O juiz substituto Wilson Safatle Faiad, do Tribunal de Justiça de Goiás, . A decisão afeta apenas a acusação de posse ilegal de arma e, por essa razão, o líder espiritual continuará preso no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia, já que ele tem outro mandado de prisão por abuso sexual.
Faiad foi contra a recomendação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que defende que há risco de fuga e intenção do médium de dificultar as investigações. Ela destaca que o Superior Tribunal de Justiça ainda não analisou o habeas corpus apresentado pela defesa do religioso. Neste caso, a soltura ou não de João de Deus cabe ao presidente do STF, ministro Dias Toffoli, responsável pelas decisões durante o recesso do Judiciário.
Faiad substituiu a prisão por medidas cautelares, incluindo uso de monitoramento eletrônico, recolhimento de passaporte, comparecimento quinzenal à Justiça, recolhimento noturno e proibição de deixar a cidade em que reside. O líder espiritual também deverá arcar com fiança de R$ 1 milhão.