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Brasil

MP denuncia mais quatro pessoas por morte da PM Juliane

O Ministério Público de São Paulo (MPE-SP) denunciou na segunda-feira, 17, mais quatro pessoas pelo assassinato da soldado da PM Juliane dos Santos Duarte, de 27 anos, que foi sequestrada, torturada e morta em Paraisópolis, na zona sul, em agosto. Antes, a promotoria já havia denunciado outras três pessoas. A nova denúncia da promotoria é contra Luiz Henrique de Souza Santos, Ricardo Vieira Diniz, Felipe Carlos Santos de Macedo e Everton Guimarães Mayer, que teriam participado dos crimes. Eles seriam ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que controla o tráfico de drogas em Paraisópolis. Em outubro, o MPE havia apontado a participação de outras três pessoas, entre elas Everaldo Severino da Silva Felix, o "Sem Fronteira", que ocuparia a função de "sintonia" do PCC na região. Segundo a promotoria, a PM Juliane teria sido morta por ordem da facção. Felipe Oliveira da Silva, o "Tirulipa", e Elaine Cristina Oliveira Figueiredo, a "Neguinha", também foram acusados. Crime No dia 1º de agosto, Juliane foi até Paraisópolis para participar de um churrasco com amigas. À noite, foi buscar cerveja no Bar Litrão Novo, na Rua Melchior Giola, mas acabou ficando no local, onde foi identificada como policial militar. Pouco tempo depois, quatro suspeitos apareceram no bar e teriam perguntado quem estava armado. Os criminosos teriam entrado em luta corporal com a PM Juliane, que foi atingida por dois tiros na região da virilha, disparado pela própria arma. Ferida, Juliane teria sido levada para um cativeiro e mantida viva por pelo menos três dias. Segundo as investigações, a policial também teria sido obrigada a ingerir álcool e cocaína no cativeiro, antes de ser executada com um disparo na cabeça. Exame necroscópico detectou marca de "tatuagem" no ferimento - característica de tiro encostado. O corpo da PM foi encontrado no porta-malas de um Honda Civic em Campo Grande, também na zona sul, no dia 6 de agosto.