Por 6 votos a zero, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) confirmou decisão de primeira instância que determinou a cassação do vereador paulistano Camilo Cristófaro (PSB). Ele é acusado de ter fraudado a prestação de contas das eleições de 2016, apontando como doadora de R$ 6 mil uma mulher em situação de pobreza. O julgamento desta quinta-feira, 6, foi de um recurso à cassação, determinada em junho pelo juiz Francisco Carlos Inouye Filho.
A denúncia do Ministério Público dava conta de que a doadora não tinha bens declarados à Receita Federal e estava registrada como desempregada no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A mesma pessoa física fez doações a outros políticos, como o prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior (PSDB), cuja prestação de contas também é questionada.
A reportagem não conseguiu contato com Cristófaro nesta quinta. A Câmara Municipal informou, em nota oficial da assessoria de imprensa da Presidência da Casa, que "não foi comunicada oficialmente, mas informa que sempre cumpre determinações judiciais". Com a decisão, Cristófaro foi condenado à perda do mandato que vinha exercendo desde janeiro de 2016, mas não se tornou inelegível. Assim, poderá disputar nova eleição.
Se a decisão for confirmada, Cristófaro dará lugar ao vereador Dalton Silvano (DEM), parlamentar que já atua no Legislativo como suplente. Assim, ingressará na casa o candidato Beto do Social (PSDB), que completará o mandato até o fim de 2020. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.