Jornal Correio Braziliense

Brasil

Diretor do Museu Nacional apela a parlamentares e presidenciáveis por verbas

Em entrevista no Palácio do Planalto, após ser condecorado com a medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico e Tecnológico, o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, fez um apelo aos parlamentares do Rio de Janeiro para que assegurem no Orçamento do ano que vem R$ 50 milhões, por meio de emendas de bancada, para serem usados na recuperação da fachada do Museu Histórico Nacional e das salas históricas. Alexander Kellner reiterou ainda que enviou carta aberta aos candidatos à Presidência da República pedindo que se comprometam com a reconstrução da instituição - destruída pelo fogo no último dia 2 de setembro. Segundo Kellner, o Congresso Nacional deu uma "sinalização positiva" em relação ao tema, mas nem Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), ainda não procuraram os gestores do Museu. Após relatar que governo federal repassou R$ 8,9 milhões à UFRJ para que os pesquisadores consigam entrar no que sobrou palácio a fim de recuperar o acervo nos escombros, Kellner mostrou-se muito incomodado com o fato de, até hoje, o Fundo Patrimonial anunciado pelo governo para ser empregado na sua reconstrução, efetivamente não ter saído do papel, mesmo com a Medida Provisória assinada pelo presidente Michel Temer. Há um jogo de empurra nesta questão. Como a Agência Brasileira de Museus (Abram), responsável pela reconstrução do Museu Nacional, ainda não foi criada, o fundo que irá para isso ainda não existe. Mas o governo ressalta que outra medida permite que a própria UFRJ, responsável pelo Museu, crie o seu fundo e capte recursos no mercado para geri-lo e a universidade também não se mexeu para ir em busca destes outros fundos. Na semana que vem uma nova reunião deverá ser realizada para discutir a criação da Agência.