O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, ironizou nesta segunda-feira (3/9) alguns comentários a respeito da tragédia no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. "Agora que aconteceu, tem muita viúva chorando", disse. O responsável pela articulação política do Palácio do Planalto defendeu ainda a necessidade de discutir fontes de receita para a manutenção de museus e medidas para ajustar as contas públicas e a Previdência Social, a fim de evitar que fatalidades como a de ontem ocorram.
O ministro não isentou a imprensa. Para ele, os órgãos de comunicação poderiam ter contribuído com a divulgação do museu a fim de gerar apelo turístico. "Não tenho visto ultimamente na televisão pelo menos alguém destacando a história do museu, valorizando o museu, para que se tornasse mais amado pela nossa população. (Agora) está aparecendo muita viúva apaixonada. Mas, na verdade, essas viúvas não amavam tanto assim o museu", ponderou.
A solução para discutir as fontes de financiamento dos museus passa, na avaliação de Marun, pela necessidade de controle orçamentário e da aprovação da reforma da Previdência. "Não existe possibilidade de nós termos um orçamento eficiente no Brasil enquanto tivermos uma irresponsabilidade fiscal e uma Previdência cujo deficit tira dos cofres públicos R$ 1 bilhão por dia. Se não equacionar situações como a Previdência, vamos daqui a pouco estar com o orçamento absolutamente inviabilizado e coisas importantes como essa (museu) muitas vezes relegadas a segundo plano e sujeitas a tragédias", sustentou.
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O ministro não descarta a possibilidade de parlamentares incluirem na Lei Orçamentária Anual (LOA) recursos para investimento em museus, mas alertou que a medida tiraria verbas de outra pasta e defendeu a tese de que museus tenham fontes de receitas próprias. "O Brasil tem centenas de museus extremamente importantes. Tenho a convicção de que temos dificuldade de manutenção em muitos deles, especialmente os que não têm sustentação própria, que não conseguiram equacionar ainda uma forma de se manter", avaliou.
A visitação em museus deve ser cobrada e a arrecadação da exposição turística precisa ser usada como fonte de receitas, defende Marun. "Não digo que todos os museus devem se bancar, mas a visitação deve ser, sim, uma forma de sustentação. E nós temos que ter uma divulgação efetiva das coisas boas que o Brasil tem. Uma das coisas boas é nossa história e que está aí materializada em centenas ou milhares de museus espalhados pelo país", declarou.
A solução para discutir as fontes de financiamento dos museus passa, na avaliação de Marun, pela necessidade de controle orçamentário e da aprovação da reforma da Previdência. "Não existe possibilidade de nós termos um orçamento eficiente no Brasil enquanto tivermos uma irresponsabilidade fiscal e uma Previdência cujo deficit tira dos cofres públicos R$ 1 bilhão por dia. Se não equacionar situações como a Previdência, vamos daqui a pouco estar com o orçamento absolutamente inviabilizado e coisas importantes como essa (museu) muitas vezes relegadas a segundo plano e sujeitas a tragédias", sustentou.
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O ministro não descarta a possibilidade de parlamentares incluirem na Lei Orçamentária Anual (LOA) recursos para investimento em museus, mas alertou que a medida tiraria verbas de outra pasta e defendeu a tese de que museus tenham fontes de receitas próprias. "O Brasil tem centenas de museus extremamente importantes. Tenho a convicção de que temos dificuldade de manutenção em muitos deles, especialmente os que não têm sustentação própria, que não conseguiram equacionar ainda uma forma de se manter", avaliou.
A visitação em museus deve ser cobrada e a arrecadação da exposição turística precisa ser usada como fonte de receitas, defende Marun. "Não digo que todos os museus devem se bancar, mas a visitação deve ser, sim, uma forma de sustentação. E nós temos que ter uma divulgação efetiva das coisas boas que o Brasil tem. Uma das coisas boas é nossa história e que está aí materializada em centenas ou milhares de museus espalhados pelo país", declarou.
Autonomia
O ministro isentou a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) da culpa pela tragédia. Marun destaca que não existe um orçamento próprio do museu e que a situação fiscal do país impõe desafios. "Dentro das dificuldades que nós temos tem que fazer divisão de seus recursos. Não vou culpar ninguém. Não conheço quem a UFRj priorizou. Ela tem autonomia financeira e o orçamento do museu sai do orçamento da universidade", ressaltou. Para ele, até as universidades devem buscar fontes de receitas além do aporte de recursos da União.
No momento, o governo ainda não discute como que museus podem se financiar. Mas Marun admitiu que, no caso de instituições culturais federais, a política de concessões e privatizações pode ser avaliada pela Secretaria-Geral da Presidência da República. "É uma situação que pode ser estudada. Mas não conversei com o governo em relação a isso", afirmou.
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