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MPF requisitou instauração de inquérito para apurar causas do incêndio

Em nota, o Grupo de Trabalho e a Câmara criticaram as restrições orçamentárias, a 'drástica redução de investimentos' e o loteamento político de cargos de gestão da cultura

Um inquérito policial será instaurado para apurar as causas e as responsabilidades pelo dano causado ao acervo e ao edifício do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, informou nesta segunda-feira (3/9), a Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da República.


[SAIBAMAIS]O acervo de aproximadamente 20 milhões de peças foi praticamente inteiro destruído por um incêndio na noite deste domingo, 2. O Grupo de Trabalho Patrimônio Cultural e o colegiado da Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal (MPF) lamentaram o ocorrido.

Em nota divulgada nesta segunda, o Grupo de Trabalho e a Câmara destacaram que as restrições orçamentárias, a "drástica redução de investimentos" e o loteamento político de cargos de gestão da cultura afetam diretamente a preservação do patrimônio cultural e inviabilizam as possibilidades de sucesso nos projetos nacionais, regionais e locais.


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"A perda é irreparável e a falta de estabelecimento de prioridades das políticas públicas na área cultural afetam não somente o Brasil mas toda a humanidade. A reconstrução do seu prédio apenas preservará o referencial arquitetônico daquele monumento, mas jamais os tesouros que compunham seu acervo", diz a nota.

No Rio para reuniões, a chefe do MPF, procuradora-geral da República Raquel Dodge, disse que a população amanheceu de luto "pela grande perda para o patrimônio cultural brasileiro e mundial".

Para ela, "essa tragédia" deve despertar "a urgência de preservar a memória". "A memória é o alicerce da vida, nos ensina o que somos e nos identifica. Sem memória, perdemos referências e corremos o risco de repetir erros ou de não compreender a escala positiva de nossos avanços", disse.

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