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Brasil

Vídeos: brasileiros atacam imigrantes venezuelanos acampados em Roraima

O tumulto ocorreu na cidade de Paracaima, um dia depois de um comerciante brasileiro ficar gravemente ferido durante assalto

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Acampamentos de imigrantes vindos da Venezuela foram destruídos por brasileiros na manhã deste sábado (18/8), em Pacaraima (RR), na fronteira com o país vizinho, que sofre com uma crise humanitária e econômica.

Imagens de vídeo mostram brasileiros destruindo barracas e pertences das centenas de venezuelanos acampados nas ruas da cidade, depois de cruzarem a fronteira. Roupas, colchões e outros objetos foram amontoados no meio da rua e queimados.
De acordo com a Polícia Militar de Pacaraima, os ataques ocorreram após um assalto a um comerciante brasileiro, na noite de sexta-feira (17/8). O fato "gerou um descontentamento de alguns moradores" e, por isso, moradores fizeram uma "manifestação com atos de violência e destruição de acampamentos de imigrantes situados em alguns locais públicos", informou a corporação em nota.

Em estado grave

Em um dos vídeos, um homem não identificado diz que o comerciante era boa pessoa e que, para os venezuelanos, "agora vai ser assim" (veja abaixo). Raimundo Nonato de Oliveira, 55 anos, foi atacado quando chegava em casa e sofreu uma lesão na cabeça, possivelmente causada por uma paulada.

Ele foi socorrido pela equipe médica de plantão do Hospital Délio de Oliveira Tupinambá e encaminhado a Boa Vista em estado grave. De acordo com um último boletim de ocorrência, ele já se encontra em situação estável.
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O governo do estado informou que policias militares foram enviados para conter as manifestações de violência no local. Em nota, a Força-Tarefa disse que deslocou parte da equipe médica para o Hospital Délio de Oliveira Tupinambá para apoiar eventuais casos, em consequência da manifestação.
Composta pelas Forças Armadas e integrada por Organismos Internacionais, Organizações Não Governamentais e entidades civis, a Força-Atarefa afirmou que "repudia atos de vandalismo e violência contra qualquer cidadão, independentemente de sua nacionalidade".