;O diabetes é hoje o principal problema dentro da saúde brasileira. São quase 13 milhões acometidos e 50 mil amputações do membro inferior por ano;, disse o secretário. ;Mas o problema não está na incorporação dos novos medicamentos. As pessoas chegam a esse nível porque não tem o cuidado da doença. Ela é causada no Brasil porque a qualidade de vida dos brasileiros muitos não se dão ao luxo de poder fazer atividade física, ter alimentação decente e ser capaz de controlar;, completou Fireman.
O secretário exemplifica: ;Quem mora numa favela no subúrbio de São Paulo e sai às 4h para chegar no horário no trabalho tem pouco tempo para atividade física. Dinheiro que tem é para comer um pastel e tomar um suco, muitas vezes. Há um contexto social que tratar sobre alimentação saudável e qualidade de vida é difícil;, destacou o secretário.
Além disso, ele afirmou que o Brasil precisa de mais médicos. ;Não temos médicos suficientes no Brasil, principalmente para trabalhar no interior. O (programa) Mais Médicos não resolve;, alegou Fireman. Ele explicou que é difícil levar um profissional da área para morar num município pequeno, com pouca estrutura para a família. ;Não tem como concorrer com os grandes mercados;, destacou.
Por isso, ele destacou que é preciso aprimorar o atendimento básico no Sistema Único de Saúde (SUS). Com o envelhecimento da população, o desafio é utilizar a tecnologia para reinventar o SUS, porque ele não dará conta, segundo Fireman. ;Não vai suportar;, afirmou.
O Ministério da Saúde está financiando uma pesquisa ; já custeada em R$ 14 milhões ; com 11 mil pacientes que estão sendo acompanhados em vários municípios para entender o comportamento e ambiente ao redor de cada um. ;A pesquisa serve para entender a influência do meio ambiente e do tipo de comportamento que leva ele a adquirir os problemas de saúde. É muito importante termos estatísticas para tomar decisões corretas;, citou.
Falta de informação
[SAIBAMAIS] O secretário relata também que a situação do atendimento nos hospitais do país é caótica. ;Em um hospital de Messejana, no Ceará o tempo para a realização de um hemograma simples e atendimento é de 6 horas e 37 minutos. Em um outro, no Rio Grande do Sul, da saída de uma paciente até a entrada de outro o tempo de espera é de 14 horas, com a emergência superlotada. O sistema tem que ter uma linha de cuidado para oferecer bom atendimento ao paciente. Estamos trabalhando em uma nova caderneta de saúde e avaliaremos em três estados inicialmente para verificar a situação da atenção básica nos quesitos hipertensão, diabetes e insuficiência cardíaca para melhoria de atendimento;, ressaltou.