<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2018/06/05/686184/20180605100111505186o.jpg" alt="Casca de banana foi jogada contra aluno negro da UCP durante os Jogos Jurídicos, na Região Serrana do Rio" /><br /></div><div style="text-align: justify">A PUC-RJ perdeu o título de campeã dos Jogos Jurídicos Estaduais deste ano e não poderá participar da competição em 2019. A punição foi imposta pela Liga Jurídica Estadual, que organiza o evento, por causa de <a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJBcHA6OkFsdW5vcyBkYSBQVUMtUkogam9nYW0gYmFuYW5hIGVtIGF0bGV0YXMgbmVncmFzIGUgYXMgY2hhbWFtIGRlIG1hY2FjYXMiLCJsaW5rIjoiIiwicGFnaW5hIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IjYzIiwibW9kdWxvIjp7InNjaGVtYSI6Im5vdGljaWFfMTI3OTgzMjQyMzYxIiwiaWRfcGsiOiI2ODYwMTciLCJpY29uIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IjYzIiwiaWRfdHJlZWFwcCI6IjEyIiwidGl0dWxvIjoiQWx1bm9zJTIwZGElMjBQVUMtUkolMjBqb2dhbSUyMGJhbmFuYSUyMGVtJTIwYXRsZXRhcyUyMG5lZ3JhcyUyMGUlMjBhcyUyMGNoYW1hbSUyMGRlJTIwbWFjYWNhcyIsImlkX3NpdGVfb3JpZ2VtIjoiNjMiLCJpZF90cmVlX29yaWdlbSI6IjEyIn0sInJzcyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiNjMifSwib3Bjb2VzIjp7ImFicmlyIjoiX3NlbGYiLCJsYXJndXJhIjoiIiwiYWx0dXJhIjoiIiwiY2VudGVyIjoiIiwic2Nyb2xsIjoiIiwibm9mb2xsb3ciOiIiLCJvcmlnZW0iOiIifSwiZGluYW1pY28iOiIifQ==">três episódios de racismo</a> envolvendo torcedores da universidade. Os incidentes ocorreram no fim de semana, nas finais da edição de 2018, em Petrópolis, na região serrana. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A PUC, por sua vez, criou uma comissão para apurar os fatos. Relatos de estudantes denunciam que a torcida teria jogado cascas de banana e chamado de macacos atletas negros das universidades adversárias. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Um relatório será elaborado pela comissão em 15 dias. "Após tomar conhecimento, pelas redes sociais, de informações sobre atos de racismo possivelmente ocorridos durante os jogos jurídicos, a Vice-Reitoria para Assuntos Comunitários e o Departamento de Direito da PUC-Rio decidiram constituir Comissão Disciplinar para averiguação das informações e, caso confirmada a veracidade, a apuração e individualização das responsabilidades de membros do corpo discente", afirmaram em nota o vice-reitor comunitário Augusto Sampaio e o diretor do Departamento de Direito Francisco de Guimaraens.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Alunas de Direito da UFRJ que participavam dos jogos relatam uma série de episódios de racismo durante a competição. "Estou na universidade desde 2015 e convivo com o racismo estrutural", contou Débora Ribeiro, de 22 anos, que joga basquete e handebol e integra a campanha Jogos Sem Racismo. "Nunca tinha presenciado um episódio de racismo tão gritante quanto esses."</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Foram três incidentes ao longo do fim de semana, como esclarece Bruna Fortunato, de 21 anos, que joga vôlei. "O primeiro foi no sábado, no jogo entre a Universidade Católica de Petrópolis e a PUC-RJ, em que uma torcedora da PUC arremessou uma casca de banana em um jogador negro da UCP", contou ela, que também integra a campanha Jogos Sem Racismo. "No dia seguinte, no domingo, houve outro episódio, durante um jogo do basquete masculino entre UERJ e PUC."</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Estava prevista a realização de um ato de repúdio ao episódio racista da véspera. Jogadores negros de diferentes universidades entrariam na quadra de mãos dadas, entre um jogo e outro. No entanto, eles foram impedidos pela organização de fazer a manifestação. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os alunos da UERJ (primeira universidade do País a adotar cotas raciais no vestibular) ficaram revoltados com a primeira punição imposta à PUC pela agressão da véspera ( multa de R$ 500 e proibição de torcida na final do futsal feminino) e com o fato de não poderem se manifestar. Por isso, começaram a entoar o coro de "racistas, racistas". A reação da torcida da PUC foi a pior possível: começou a imitar macacos e a bater no peito, como símios.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em texto divulgado nessa segunda-feira (4/6), a PUC-Rio diz que o racismo é uma "violência que ainda corrói a sociedade e deve ser enfrentada por medidas repressivas e inclusivas". A universidade destaca que combate manifestações de racismo com "punições disciplinares". "Preservaremos o esforço de contínua melhoria das políticas de promoção da diversidade." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div><br /></div>