Uma jovem, de 20 anos, foi presa suspeita de encomedar o assassinato da mãe adotiva, de 67, em Rodeiro, município localizado a 290 quilômetros de Belo Horizonte, na Zona da Mata. Segundo a polícia, o filho biológico da vítima também participou do crime. A suspeita é que a jovem tenha planejado o assassinato para ficar com a herança da mãe.
O crime aconteceu na noite do último domingo. Segundo a Polícia Militar (PM), vizinhos escutaram disparos vindos da casa da professora aposentada, Geny de Oliveira Benevenuto. A vítima foi encontrada morta com três tiros no peito e um no braço.
Ainda de acordo com a PM, Maria Laura disse que a mãe foi morta em uma tentativa de assalto. Em seu depoimento, a jovem contou que foi de carro a uma cidade vizinha e, ao retornar para casa, ela teria sido perseguida por dois homens em uma motocicleta.
Na porta de casa, ela teria sido abordada pela dupla armada, que anunciou o roubo, e a obrigou a entrar no imóvel. Segundo a PM, a mãe estava em seu quarto, no segundo andar da residência, quando foi rendida e baleada. Ainda de acordo com o depoimento de Maria Laura, os criminosos teriam fugido, em seguida, levando o celular de sua mãe.
Porém, os policiais desconfiaram da frieza da estudante ao contar sobre a morte da mãe momentos antes do ocorrido. Segundo a polícia, durante a conversa, a jovem acabou confessando o crime . Ela apontou o irmão, de 22, e um adolescente, de 14, como responsáveis pelos disparos.
A estudante ainda alegou que teria sido ameaçada pelo irmão para cometer o crime. O suspeito, porém, apresentou outra versão à polícia. Ele e o adolescente foram localizados, e disseram que a jovem os procurou oferecendo uma quantia em dinheiro. Em seu depoimento, o irmão da acusada afirma que ela os teria procurado dias antes do assassinato e oferecido R$ 3 mil para que ele desse um "susto" na mãe adotiva.
Os três foram encaminhados à Delegacia de Ubá, onde prestaram depoimento. A Polícia Civil informou que trabalha com a hipótese de que a jovem tenha encomendado a morte da mãe para ficar com a herança. Ainda há a suspeita de que a aposentada teria uma quantia de dinheiro guardada em casa e isso teria motivado a filha a planejar o assassinato.
Segundo depoimento de familiares da vítima aos policiais, Maria Laura foi adotada quando tinha apenas 5 meses e criada como filha única por Geny e o marido, que morreu há alguns meses. A jovem cursava o 5; período da faculdade de Direito. De acordo com a polícia, a estudante alega que era humilhada pela mãe, porém familiares da vítima afirmam ser mentira e que a jovem era "muito bem tratada pelos pais adotivos".
*Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie, do Estado de Minas