Jornal Correio Braziliense

Brasil

Militar do Exército Brasileiro que foi ferido na África passa por cirurgia

Comboio que levava integrantes do Exército e da Marinha do Brasil foi atacado na República Centro-Africana

O Tenente-Coronel Carlos Henrique Martins Rocha, do Exército Brasileiro, que está em missão na África, passou por uma cirurgia nesta quarta-feira (02/5). Ele estava em um comboio da Organização das Nações Unidas (ONU) que foi atacado na segunda-feira (1;/5), na República Centro-Africana. De acordo com o Exército, além dele, a Capitão de Corveta Márcia Andrade Braga, da Marinha do Brasil, também se feriu.

Os militares estão na região como membros do Estado-Maior da missão e foram atacados por uma multidão quando realizavam deslocamento motorizado na localidade de Bangui. A viatura militar foi apedrejada, o motorista perdeu o controle e bateu em uma árvore. Em seguida, o veículo foi queimado pelos manifestantes. Um policial militar da região conseguiu retirar os brasileiros antes que fossem mortos.

No momento das agressões, ocorria um conflito entre muçulmanos e cristãos. O Coronel Rocha teve ferimentos graves, com lesão no nariz e suspeita de traumatismo craniano. O militar foi levado para para o hospital da ONU nível III, na região de Kampala, em Uganda. Ele passou por uma cirurgia para reduzir a pressão intracraniana. O Ministério da Defesa informou que ele fez contato com a família e tem quadro de saúde estável.
Pelo Twitter, o general Eduardo Villas Boas, comandante do Exército, comemorou a melhora do estado de saúde do coronel Carlos Henrique. "O TC Rocha foi submetido, ontem, a uma cirurgia pela equipe do Hospital Nível III da ONU, em Kampala, Uganda. Passa bem. Capitão Márcia segue na missão", afirmou. A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que até o momento nenhum avião da corporação foi até a África para trazer o militar de volta ao Brasil. Mas de acordo com a FAB, se houver a solicitação, a instituição estará pronta para atender.

O governo da República Centro-Africana não soube precisar o número de mortos e feridos no confronto. As tropas da ONU tem como objetivo combater grupos terroristas e pacificar a região.