A Operação Pseudea foi deflagrada, nesta terça-feira (24/4), contra uma organização criminosa, capitaneada por uma auxiliar de enfermagem, dedicada a praticar fraudes contra o INSS, em especial, nos benefícios de auxílio-doença. Participaram da ação Polícia Federal, Inteligência Previdenciária, Advocacia-Geral da União, Ministério Público Federal e INSS.
Doze mandados de prisão (sete temporárias, cinco preventivas) e 16 mandados de busca e apreensão são cumpridos pelos agentes da PF. Também foram bloqueados R$ 25 milhões, de integrantes do esquema criminoso. É estimado um prejuízo de mais de R$ 60 milhões pelo grupo, que agia há mais de dez anos.
Dos mandados de prisão, nove foram expedidos pra São Paulo, um mandado de prisão temporária em Mairiporã e dois mandados de prisão preventiva em Cajamar, municípios da Grande SP. Outro mandado de busca e apreensão foi cumprido em Bauru, no interior
De acordo com a PF, as fraudes consistiam em requerer auxílios-doença para pessoas, algumas que sequer figuravam como segurados do INSS, com o uso de documentos falsos e diversos artifícios. A auxiliar de enfermagem - suspeita de comandar o esquema - contava com a ajuda de um servidor que trabalha em uma agência do INSS na Vila Maria, na zona norte de São Paulo.
O grupo criminoso valia-se de dublês, ou seja, pessoas se faziam passar pelo requerente durante a perícia médica, onde fingiam doenças mentais, tinham membros engessados, bem como usavam falsos relatórios médicos.
O grupo também gerava aposentadorias falsas: confeccionava carta de concessão de aposentadoria fraudulenta que entregue ao "cliente" permitia sacar, irregularmente, os valores depositados em seu FGTS. Parcelas dessa quantia era repassada ao grupo criminoso como pagamento pela falsa aposentadoria.
O nome da operação, Pseudea, refere-se a uma divindade grega que personalizava a mentira e as falsidades.