O protesto de professores da educação infantil em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, na Avenida Afonso Pena, Centro da capital mineira, teve bombas, gás de pimenta e jatos d;água usados pela Polícia Militar para dispersar os manifestantes. O prefeito Alexandre Kalil saiu da sede do Executivo para questionar a ação. A categoria entrou em greve nesta segunda-feira (23/4).
A ação da polícia contra os professores foi registrada em vídeo:
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Algumas Unidades Municipais Educação Infantil (Umeis) não abriram nesta segunda e outras tiveram escala mínima. Profissionais da categoria fizeram uma passeata no centro da capital no fim da manhã e se concentraram em frente a PBH, fechando a avenida.
Em uma nota divulgada em sua página no Facebook, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Municipal (SindRede-BH) informou que a categoria reivindica equiparação salaria da carreira da educação infantil à do ensino fundamental.
Tumulto
Os professores participaram de uma assembleia na Praça da Estação, na qual votaram pela continuidade da greve. De lá, eles seguiram em passeata pela Avenida Afonso Pena até a sede da PBH. Segundo a BHTrans, o trânsito ficou lento na região. A avenida chegou a ficar fechada nos dois sentidos. Houve negociação com policiais militares, mas, para dispersar os manifestantes, policiais usaram bombas de gás e de efeito moral e jatos d;água. Logo após o tumulto, o prefeito Alexandre Kalil saiu do prédio da prefeitura e questionou os policiais sobre o motivo da ação.
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Kalil afirmou, por meio de nota, que não recebeu os docentes porque não estava na agenda. Também por meio de nota, a Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão informou que a pasta e a Secretaria de Educação aguardam a complementação da pauta de reivindicações para 2018, a ser enviada pelo sindicato.
;Em relação à unificação das carreiras de professor de ensino fundamental e de professor para educação infantil, informamos que o primeiro passo para avanços foi dado com o envio do Projeto de Lei n;442/2017 à Câmara de Vereadores. Na proposta, os professores com grau de escolaridade superior poderão ganhar até 3 níveis na carreira, o que resultará num ganho de até 15% de aumento no vencimento básico;, diz a nota.
Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, a equiparação salarial quase dobraria o salário inicial. ;Hoje, essa unificação custaria para o Município cerca de R$ 80 milhões por ano, demanda inviável diante do cenário econômico financeiro atual.;