Um camelô estrategicamente posicionado na saída da Estação Uruguaiana do Metrô carioca, no Centro do Rio, oferece um iPhone 6 de 16 GB por cerca de R$ 2 mil - preço mais de R$ 1 mil abaixo do praticado nas lojas da Apple. O vendedor diz que não tem nota fiscal do aparelho, mas garante que o produto não é roubado. "Vem direto da fábrica, por isso é mais em conta", explica, sem muita convicção. Ali, o comércio de aparelhos - muitos novos, com suas caixas, expostos em banquinhas - é corriqueiro. Nem a Polícia nem a Guarda Municipal perturbam os vendedores.
Na quarta-feira (18/4), uma carga avaliada em US$ 1 milhão (R$ 3,4 milhões) de aparelhos Galaxy S9 da Samsung, que só nesta quinta-feira (19/4) seriam oficialmente lançados no Brasil, já eram oferecidos em redes sociais por R$ 3 mil. É bem menos que os R$ 4,5 mil do preço sugerido pelo fabricante.
Segundo o Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário e Logística do Rio (Sindicarga), boa parte dos aparelhos oferecidos em camelôs e online é, na verdade, fruto de roubos de carregamentos de celulares.
Somente nas últimas duas semanas, a Polícia Civil registrou pelo menos dois grandes roubos de celular no Rio, cujo valor total soma R$ 6 milhões. O último caso foi no domingo, quando um bando atacou o Aeroporto Internacional Tom Jobim. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.