O presos da Penitenciária Milton Dias Moreira, em Japeri, na Baixada Fluminense, fizeram uma rebelião e mantêm agentes de segurança reféns, na noite deste domingo (18/2). A Polícia Militar do Rio de Janeiro foi acionada para conter a tentativa de fuga, que acabou no motim. Ao todo, pelo menos sete servidores da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) foram abordados e são mantidos pelos criminosos. A rebelião acontece dois dias após a decretação da intervenção federal na área de segurança pública do Estado do Rio.
A ação criminosa começou durante a contagem dos presos. Por meio de nota, a Seap informou que os internos deflagraram uma tentativa de fuga, que foi frustrada pelos inspetores de segurança, e, por isso, começaram a rebelião. Ainda segundo a secretaria, uma pistola e dois revólveres estão sob o poder dos presos.
O Grupamento de Intervenção Tática (GIT) da Seap foi chamado ao local. O Batalhão de Choque e diversas unidades da Polícia Militar (PM) também apoiam a ação diante da rebelião.
Medidas nos presídios
Mais cedo, a Seap havia informado que implementaria uma série de "medidas de controle" nos presídios do estado para impedir eventuais reações da população carcerária à intervenção federal na segurança pública do estado, decretada na última sexta-feira.
[SAIBAMAIS] Em nota, a Seap informou que a "intervenção abrange todos os setores da segurança pública e, dessa forma, coube ao secretário antecipar algumas medidas de controle, na intenção de evitar qualquer reação da população carcerária". Questionada, a secretaria não detalhou quais seriam as "medidas de controle", alegando "questões de segurança".
Na nota, a secretaria estadual destaca que algumas das medidas de controle do sistema prisional do Rio de Janeiro estavam em andamento desde 24 de janeiro, quando David Anthony assumiu o comando do órgão. "Embora a crise na segurança pública do Rio de Janeiro tenha sido alvo de atenção agora, a da Seap ocorreu há um mês, quando assumimos a atual administração", afirmou o secretário.
Desde sexta-feira, após assinatura do decreto de intervenção federal pelo presidente Michel Temer, a segurança pública do Rio de Janeiro está sob comando do coronel Walter Braga Netto, do Comando Militar do Leste, nomeado interventor.
Com informações de agências