O empresário chegou pela manhã e disse que vai falar com a imprensa ao final da sessão. O irmão de Rodrigo Augusto também está no Fórum Lafayette. O irmão de Rodrigo Augusto, Helisson Augusto de Pádua, também está no Fórum Lafayette. À imprensa, ele disse que não esperava que o irmão se envolvesse em um caso desse tipo e que a família continua abalada.
;Ninguém sabe a dor do meu pai, só olham meu irmão como psicopata e bandido, mas eles esquecem que ele tem um pai e uma mãe. Um pai trabalhador. Uma mãe que batalhou a vida inteira para criar cinco filhos. Eles não sabem do dia a dia da nossa família. Não sabem nada do que a gente vem passando no dia a dia, o que aconteceu na nossa vida após a morte do meu irmão, o caçula;, disse Helisson.
;A gente quer que a Justiça seja feita, que a verdade realmente apareça, que os fatos realmente mostrem o que aconteceu, porque meu irmão pagou, morreu, perdeu a vida dele. Ele perdeu um futuro. Agora, quem matou tem que responder pelo que fez;, comentou o irmão do homem. ;Meu pai para ele a vida não tem mais sentido, a minha mãe chora todos os dias. Ele ele era muito grudado nela. Ele tinha um amor muito grande pela minha mãe;, disse Helisson, afirmando que não há provas de que o irmão atirou dentro do quarto de hotel.
Na semana passada, Gustavo Bello usou seu perfil no Instagram para questionar a ação contra ele. ;E lá vou eu para mais uma audiência, provar o óbvio. Mais tempo perdido, mais desgaste emocional e mais dinheiro fora do bolso. Tudo porque, alguém se achou no direito de dizimar a minha família e ainda está sendo vitimado pelo ministério público, que, com frequência, presta um desserviço à sociedade;, disse, publicando uma matéria do em.com.br.
Nesta manhã, Ana Hickmann demonstrou apoio ao cunhado em uma postagem na mesma rede social. ;Senhor hoje minhas orações e todos os meus pedidos são para o meu irmão Gustavo. Proteja e cuida, de sabedoria e paz, mais uma vez de coragem e força ao meu cunhado, tire de perto dele todo o mal e que suas palavras mostrem a verdade que sempre foi. Amém;, escreveu.
Na primeira audiência sobre o caso, realizada em 20 de outubro, foram ouvidos a apresentadora Ana Hickman, a assessora Giovana Oliveira, a sogra Maria Helena e o cabeleireiro Júlio Figueiredo, que na ocasião do ataque prestava serviço modelo. Gustavo esteve presente em Belo Horizonte e se manifestou. ;A gente não pode se arrepender do que não teve opção. Não foi uma briga de bar, eu não estava dirigindo alcoolizado, não foi nada disso. Ou eu faria ou eu não estaria aqui. Tenho tristeza de ter tirado uma vida, mas antes a dele que a minha;, afirmou.
Já o representante do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), promotor Francisco Santiago, que fez a denúncia contra o cunhado da artista por entender que ele agiu com intenção de matar e cometer homicídio doloso, afirmou não acreditar na versão de Gustavo. ;Eu tenho uma convicção e me expressei em denúncia que foi recebida pela juíza Não vejo até hoje uma legítima defesa;, argumentou.
Denúncia
Em 7 de julho de 2016, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou denúncia por homicídio doloso, quando há intenção de cometer o crime, contra o cunhado de Ana Hickmann. Gustavo Henrique Bello Correa foi enquadrado no artigo 121 do Código Penal, que prevê reclusão de 12 a 30 anos por homicídio qualificado.
A denúncia foi em sentido oposto ao que a Polícia Civil apontou em investigação. O delegado Flávio Grossi, responsável pelo caso, pediu o arquivamento do inquérito alegando que ele teria agido em legítima defesa. Pádua foi morto com três tiros na nuca, depois de lutar com Correa.
Na denúncia, o promotor do Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, Francisco de Assis Santiago, aponta que Correa, ao iniciar embate corporal com Pádua, agiu em legítima defesa, mas excedeu essa condição e praticou homicídio doloso. A principal prova disso, para a Promotoria, são os três tiros dados na nuca do suposto fã da apresentadora. O agressor chegou ao quarto depois de render Correa e o obrigar a levá-lo até o quarto de Ana Hickmann, que estava com uma assistente. Os três foram mantidos sob a mira de um revólver.
Em abril deste ano, Gustavo, sua defesa e peritos participaram de uma reconstituição do crime no hotel da capital mineira. A solicitação foi aceita pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em janeiro. Em julho, a Justiça determinou o prosseguimento do processo. (Com informações de João Henrique do Vale)