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Justiça mantém internado jovem que matou colegas em escola de Goiânia

Filho de policiais militares, o jovem terá de cumprir medidas socioeducativas, além de receber acompanhamento psiquiátrico e de ser avaliado periodicamente


A juíza ítala Colnaghi, do Juizado da Infância e Juventude de Goiânia, manteve sob regime de internação o menor de 14 anos que, no dia 20 de outubro, atirou contra colegas no Colégio Goyases, localizado no bairro Conjunto Riviera, em Goânia. Por envolver um menor de idade, o caso corre sob sigilo. A decisão foi tomada nessa terça-feira (28/11) durante audiência de instrução e julgamento do caso que resultou na morte de dois jovens, além de ferir outros quatro. Filho de policiais militares, o jovem terá de cumprir medidas socioeducativas, além de receber acompanhamento psiquiátrico e de ser avaliado periodicamente.

[SAIBAMAIS]No depoimento que prestou após ter cometido o crime, o autor dos disparos disse que foi motivado por bullying e que se inspirou nos casos da escola de Columbine (ocorrido em 1999, nos Estados Unidos), e de Realengo (em 2011, no Rio de Janeiro). Todas as vítimas tinham 13 anos de idade. Segundo o autor dos disparos, um dos dois jovens mortos era quem praticava o bullying contra ele. O outro era um amigo. Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais estudantes contra um ou mais colegas.
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O ataque ocorreu por volta das 11h30. A arma usada foi uma pistola que pertencia à mãe do adolescente, que é policial militar. O jovem disse que achou a pistola escondida em um móvel da casa. Nem a mãe e nem o pai, que também é policial militar, ensinaram o adolescente a atirar.

Ao retirar a arma da mochila para começar o ataque, ele chegou a efetuar um disparo acidental, mas não se feriu. O disparo assustou a todos e, então o adolescente se dirigiu ao colega que ele identificava como seu desafeto e atirou. O estudante morreu no local. No depoimento, o autor dos disparos narrou que tinha intenção de matar apenas o colega que o ;amolava;, mas no momento do ataque, diante do desespero das pessoas e também abalado, continuou atirando.
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