Alessandra Alves/Estado de Minas
postado em 05/11/2017 18:32
Um grupo de moradores de Frutal deu início na tarde deste domingo a uma série de homenagens à Kelly Cadamuro, de 22 anos, morta na última quarta-feira, depois de dar carona a um desconhecido através de um grupo de WhatsApp. Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos, foi preso, juntamente com outros dois suspeitos, depois de confessar o crime.
Nas redes sociais, houve quem culpasse a jovem pela inocência de oferecer carona a um desconhecido. Foi este tipo de atitude que fez com que o servidor público, Luciano Alouan, organizasse o movimento. "A Kelly foi um anjo, ajudou sem saber a quem. Como não estamos acostumados a lidar com os anjos ainda, agimos assim feito bichos", lamentou.
O servidor não chegou a conhecer Kelly, mas ficou tocado com a história e decidiu levar um pouco de alento aos familiares da jovem. "Quero mostrar aqui que a culpa não é dela. Ela foi uma pessoa caridosa, um anjo. Tanto que sentimos essa dor como se fosse alguém da nossa família", finalizou.
O movimento começou na Praça Alcides de Paula Gomes, em frente à Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo, em Frutal, onde o grupo pediu justiça. Em seguida, divididos em carros e motos, eles seguiram até o local do crime, às margens do km 25 da MG-255, onde foi realizado novo ato com a presença de moradores de Itapagipe e Guapiaçu.
Cerca de 80 pessoas, entre amigos, vizinhos e desconhecidos, estiveram presentes na homenagem. O grupo levou vinte e dois balões brancos em alusão à idade da jovem, que foram soltos em direção ao céu.