O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que é do Rio de Janeiro, disse que aguarda a apresentação das "provas", por Jardim, de suas acusações.
"Fiquei perplexo esperando recuo do ministro. Ao invés do recuo, ele deu uma longa entrevista ao jornal ;O Globo; reafirmando suas acusações", disse Maia. "O que esperamos, quando o ministro da Justiça, responsável pela área de segurança pública, dá uma declaração dessas, é que ele apresente as provas".
Jardim fez as polêmicas declarações em uma entrevista ao portal UOL, na terça-feira, no contexto do assassinato do comandante do 3; BPM (Méier), tenente-coronel Luiz Gustavo Teixeira.
Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios, a morte do coronel teria sido em decorrência de um assalto, mas o ministro considerou que era um "acerto de contas".
"Ninguém assalta dando dezenas de tiros em cima de um coronel à paisana", afirmou.
Ao longo deste ano, já houve 113 policiais militares assassinatos no Rio de Janeiro.
Pezão condenou as acusações de Jardim e garantiu que "o governo do estado e o comando da Polícia Militar não negociam com criminosos".
O secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, anunciou à tarde que a Procuradoria do estado do Rio pedirá na Justiça que o ministro esclareça suas acusações.
O comandante geral da PM, o coronel Wolney Dias afirmou que também é signatário da ação judicial que vai exigir explicações do ministro.