O motorista Richard de Oliveira, de 36 anos, trabalha com o transporte por meio de aplicativos há dois anos. Ele afirma que o projeto atual prejudica os motoristas. "Da forma como foi apresentado, esse projeto impede os motoristas de aplicativos de trabalharem. Exige placa vermelha e autorização da prefeitura. O governo local agiria de forma política e impediria que os motoristas da Uber tivessem permissão", afirmou.
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Os motoristas de transporte particulares entregaram cerca de 815 mil assinaturas contra a proposta, que traz exigências como o uso de placas vermelhas (iguais às dos táxis), veículo próprio e autorização específica do governo para prestar o serviço. Os taxistas pedem a aprovação do texto sem modificações e muitos alegam concorrência desleal.
O taxista Adebal Alves Rezende, de 63 anos, trabalha a três décadas neste tipo de serviço. Ele afirma que a regulamentação do transporte por aplicativo vai trazer mais segurança aos passageiros. "O projeto tem que passar. O Uber tem que ser regulamentado. Nós pagamos impostos e eles não. Além disso tem muitos bandidos que trabalham com Uber. Eu vejo de Belo Horizonte e vejo muitas pessoas em regime semiaberto no Uber. Nem todos são bandidos, só cerca de 85% a 90%", afirma.
Ainda não há confusão, mas há clima de tensão entre os motoristas. Os taxistas acusam aos gritos os motoristas de transporte particular de serem "criminosos e piratas".
O taxista Tarsso da Silva, de 39 anos, atua na cidade de São Paulo. Ele vê a regulamentação como positiva para todos os motoristas. "A regulamentação é boa para os dois lados. Pois vai dar um padrão, tanto aos carros quanto ao comportamento dos motoristas. Também vai ser boa para os dois lados", afirmou.