Jacqueline Saraiva
postado em 30/10/2017 10:33
Uma investigação da Polícia Federal (PF) apura indícios de desvios de recursos públicos no Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre) e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Rondônia, que contava com a ajuda de servidores destes órgãos e de empresários. Na operação, intitulada Buracos, cerca de 150 servidores, dentre policiais federais, auditores da CGU, auditores do TCU e auditores da Receita Federal cumprem 23 mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada à força para depor, e 26 de busca.
Leia mais notícias em Brasil
Leia mais notícias em Brasil
[SAIBAMAIS]As ações da Operação Buracos - nome dado em referência a uma assertiva de que "no estado do Acre, buracos dão lucros para poucos" -- ocorrem nos municípios de Rio Branco (AC), Porto Velho (RO), Pimenta Bueno (RO), Ji-Paraná (RO), Cuiabá (MT) e Araraquara (SP). Além da PF, a Operação Buracos conta com o apoio do Ministério Público Federal (MPF), Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e Receita Federal.
De acordo com a PF, os valores desviados eram contabilizados como pagamentos por serviços não executados e entrega de materiais que nunca seriam entregues. "Os recursos federais investigados eram destinados à construção, pavimentação, conservação e recuperação de rodovias federais, além da abertura, melhoramento ou recuperação de ramais", afirmou a PF em nota. A estimativa é de prejuízo de R$ 700 milhões. O grupo também se utilizava de funcionários fantasmas. Ao menos três servidores do DNIT/RO foram afastados de seus cargos por suspeita de envolvimento com os crimes investigados.
São investigados os crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.