Desembargadores da 4; Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais votaram contrários a recurso da defesa do goleiro Bruno Fernandes das Dores Souza, visando a redução de sua pena, pelo assassinato de sua ex-amante Eliza Samudio. No fim do mês passado, Bruno conseguiu redução de dois anos da sentença de 22 anos e nove meses, já que o crime de ocultação de cadáver foi extinto, de acordo com o desembargador Doorgal de Andrada. O recurso negado questionava aspectos dessa decisão.
[SAIBAMAIS]Em reunião da 4; Câmara Criminal, nesta quarta-feira, o embargo declaratório, com base em discordância da defesa em relação a três itens do acordão da decisão do mês passado, foi colocado em mesa para apreciação. Doorgal, ao fazer a leitura do recurso, esclareceu que a pretensão de uma redução maior da pena não deveria ser por meio desse tipo de artifício. Os outros dois desembargadores, o vogal Corrêa Camargo e o revisor Eduardo Brum também consideram improcedente o recurso.
A negativa do recurso se soma a outras tentativas da defesa do goleiro em conseguir benefícios que possam reduzir a pena de Bruno Fernandes, que então poderia ganhar liberdade condicional. Desde 2010, ano do crime, em que o goleiro planejou o sequestro e execução de Eliza, que o pressionava para reconhecer a paternidade do filho dela.
Bruno Fernandes foi condenado inicialmente a 22 anos e três meses por homicídio triplamente qualificado de Eliza Samúdio, ocultação do cadáver e sequestro do filho, Bruninho.