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Policiais detêm médica que se recusou a atender feridos no Rio de Janeiro

Segundo os policiais, a médica sugeriu que os três, que estavam presos sob custódia da PM, fossem levados para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, que fica a cerca de 18 quilômetros de distância da UPA

Policiais militares detiveram nessa terça-feira (17/10) uma médica da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Cabuçu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Militar, a profissional de saúde se recusou a atender três homens que ficaram feridos em tiroteio.

Segundo os policiais, a médica sugeriu que os três, que estavam presos sob custódia da PM, fossem levados para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, que fica a cerca de 18 quilômetros de distância da UPA.

Em um vídeo que circula pelas redes sociais, é possível ver que um dos policiais se exalta com a médica, enquanto o outro segura a profissional de Saúde. Ela foi encaminhada à Delegacia, onde os policiais registraram queixa por desacato, já que, segundo eles, a médica feriu um deles no rosto e o chamou de ;animal;.

Os presos foram levados para o Hospital de Nova Iguaçu. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, a orientação é que os profissionais atendam todos os pacientes, independentemente do estado de saúde.

A Secretaria lamentou o ocorrido e acredita que ;os momentos de grande estresse que fazem parte do cotidiano dos profissionais tanto da Segurança quanto da Saúde podem ter gerado a discussão que acabou registrada no vídeo. A Secretaria tomará as medidas cabíveis em relação à profissional da UPA, após averiguação dos fatos.;

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro considerou a atitude dos policiais uma agressão absurda e desnecessária.