Battisti, que permaneceu foragido por mais de três décadas, declarou que sua intenção era comprar artigos de pesca, uma jaqueta de couro e vinho, no Shopping China, que acreditava ficar em uma "zona internacional" que não pertenceria à Bolívia.
[SAIBAMAIS]
O atual governo brasileiro indicou que está reconsiderando a extradição de Battisti. Uma fonte do gabinete do presidente Michel Temer disse que "aguardam a posição dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores para tomar uma decisão.
Histórico
Ex-integrante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, Battisti foi preso em junho de 1979, mas fugiu da prisão e foi para a França em 1981 e, depois, para o México, antes de retornar à França.
Após 15 anos beneficiado pela política do presidente socialista François Mitterrand de não extraditar nenhum militante de extrema esquerda que tivesse renunciado à luta armada, Battisti fugiu para o Brasil em 2004, durante o governo do conservador Jacques Chirac.
Em 2007, foi capturado no Rio de Janeiro e ficou quatro anos na cadeia até ser libertado, em 2011.
Em 2009, a pedido de Roma, o Supremo Tribunal Federal autorizou a sua extradição, mas esta foi negada em 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no último dia de seu segundo mandato.