O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou que o Rio de Janeiro tem condições de combater o tráfico "mas junto com as Forças Armadas". As tropas estão atuando em operações na capital fluminense desde agosto, e na sexta-feira (22/9), foram chamadas para ajudar no cerco à favela da Rocinha.
Em entrevista ao canal Globonews na noite de sexta-feira, Pezão negou que a população do Estado precise se acostumar com o poder do tráfico de drogas. "Nós temos condições de combater, mas junto com as Forças Armadas", sustentou o governador, que disse pleitear ajuda federal desde que assumiu o cargo em abril de 2014, quando o então governador Sergio Cabral (PMDB) deixou o cargo.
"O Rio de Janeiro é cercado de rodovias federais. Não tem uma entrada pra dentro da cidade do Rio que seja uma rodovia estadual. Se nós não tivéssemos o que a gente tem hoje, o que o presidente Michel Temer (PMDB) colocou aqui, com 380 policiais rodoviários federais, com a Polícia Federal, com a inteligência e disponibilidade das Forças Armadas em nos ajudar, nós não teríamos condições de combater como estamos combatendo", disse Pezão. "Nós estamos combatendo fuzil, que é arma de guerra. O Rio não tem fábrica de fuzil. Esses fuzis entraram ao longo do tempo por essas rodovias totalmente abandonadas."
O governador também anunciou que enviará projeto de lei à Alerj para a criação de um fundo voltado à segurança pública. "Vamos enviar à Assembleia Legislativa na segunda-feira um projeto onde a gente destina 5% dos royalties do petróleo do pré-sal para um fundo de segurança e também para equipar melhor a polícia e dar condições melhores aos policiais", declarou. "Uma parte desses recursos, entre 20% e 25%, serão para ações sociais dentro das comunidades".