O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, pediu hoje (22/9) reforço das Forças Armadas no patrulhamento do entorno da favela da Rocinha, na zona sul da capital. Pezão disse que o pedido deve ser atendido pelo Comando Militar do Leste e que algum contingente do Exército já deve ser enviado ao local hoje.
[SAIBAMAIS]"Eles vão atender, mas não sei a magnitude. Não se desloca rapidamente muita gente. Mas algum reforço vai do Exército para aquela região", disse Pezão, que acrescentou: "A gente precisa na Rocinha porque estamos com indícios fortes de mais armas, traficantes, e por isso não podemos recuar e vir para baixo para patrulhar".
O governador participou de um fórum no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e contou na saída do evento que o governo do estado e o governo federal acertaram que, em caso de emergência, o secretário estadual de segurança, Roberto Sá, poderia solicitar ajuda ao Comando Militar do Leste. Pezão acrescentou que Sá está reunido com o general Braga Netto, e que o próprio governador também entrou em contato com o ministro da defesa, Raul Jungmann.
"Não vamos recuar na Rocinha. É o quinto dia de operações. Ontem descobrimos uma grande quantidade de armamento, drogas e estamos com muitos indícios de traficantes em uma região em que estamos avançando. Temos certeza que a reação que está ocorrendo no asfalto é por causa disso".
O governador disse que mais policiais militares do Batalhão de Operações Especiais e do Batalhão de Choque também serão mobilizados, além de helicópteros.
Operação
A Polícia Militar realiza nesta sexta-feira (22/9) o quinto dia de operações na favela e há registro de tiroteios. Um ônibus foi incendiado em São Conrado, bairro vizinho à Rocinha.
A situação de violência se agravou na favela no fim de semana quando criminosos de uma mesma facção começaram um conflito armado pelo controle da favela, uma das maiores da cidade.