Jornal Correio Braziliense

Brasil

Avião da FAB resgata brasileiros em ilha do Caribe atingida por furacão

Aeronave pousou em Brasília trazendo a bordo sete brasileiros, quatro holandeses, dois venezuelanos e um americano


De acordo com um dos resgatados, o paulista Ricardo Passarelli, residente na ilha há mais de um ano, 95% do local ficou destruído. Ele conta que, nos primeiros dias, só aeronaves militares eram autorizadas a descer no aeroporto da ilha, que possui em torno de 95 mil habitantes. Como o saguão foi destruído, foram montadas tendas para que as pessoas pudessem esperar pelo próximo voo. ;Eu estava em um quarto de hotel equipado com um bunker [abrigo] subterrâneo e, mesmo assim, entrou água até as canelas. O teto da casa em que eu morava não existe mais. Onde o furacão passou, derrubou tudo;, conta Ricardo.

[SAIBAMAIS]Segundo outro brasileiro, o paranaense Helton Laufer, que morava em São Martinho há nove meses, ele era um dos poucos moradores da ilha que tinha acesso a sistemas de comunicação, sendo o elo entre quem precisava de ajuda e o Itamaraty. Ele explica que apesar dos avisos das autoridades locais, muitas pessoas acharam que o furacão não causaria tantos estragos e optaram por não evacuar a ilha. "O brasileiro não tem experiência com esses fenômenos. Pensamos que se todos estavam ficando na ilha, poderíamos ficar também. Se soubéssemos o quão forte seria, teríamos ido embora antes", diz Helton.

Na ilha, as operações comerciais no aeroporto estão sendo retomadas aos poucos, mas não há voos para o Brasil e, mesmo aqueles para outros países, partem lotados.