De acordo com nota divulgada neste domingo pelo Itamaraty, o governo brasileiro já identificou que há mais 22 brasileiros na Ilha de Tortola e 11 em Turcas e Caicos, que são territórios britânicos. No entanto, o aeroporto de Tortola não tem condições de aterrissagem após a passagem do Irma.
Por isso, o Ministério de Relações Exteriores brasileiro está em contato com França, Países Baixos e Reino Unido para ;averiguar se estaria sendo elaborado plano de socorro e evacuação dos nacionais nas respectivas ilhas, no intuito de verificar a possibilidade de inclusão de brasileiros naquelas operações;. ;Com efeito, alguns brasileiros, que se encontravam em regiões determinadas, já receberam apoio ou lograram ser retirados das ilhas graças à cooperação daqueles países;, informa o Itamaraty.
As três ilhas não têm rede de atendimento consular brasileiro, por isso, as tratativas estão sendo feitas pelas embaixadas na Europa. Apesar disso, o Itamaraty informa que montou um núcleo de atendimento emergencial em Brasília e uma rede de comunicação em tempo real com os postos consulares nestes países para reunir as informações sobre brasileiros afetados pela catástrofe.
;Até o momento, o núcleo de atendimento e os postos no exterior já receberam centenas de ligações e mensagens de brasileiros que se encontram nas regiões afetadas e de seus familiares e amigos. Graças a esta rede de contatos, vêm sendo superadas as dificuldades de comunicação causadas pela interrupção das linhas em algumas regiões e, sobretudo, pela inexistência de postos da rede consular brasileira, de carreira ou honorários, nas três ilhas;, acrescenta a nota.
Danos e mortes
Ainda de acordo com as informações do Itamaraty, as três ilhas sofreram ;colapso total ou parcial da infraestrutura de transportes, comunicações e abastecimento;.
Em sua passagem pelo Caribe, o Furacão Irma deixou pelo menos 25 mortos, além de mais três em sua chegada à Flórida neste domingo. No entanto, as perdas humanas podem ser maiores, uma vez que os países atingidos estão em grande parte sem comunicação, o que pode ter provocado a subnotificação das mortes.
Antes de chegar aos Estados Unidos e perder força, o Irma passou por Cuba ontem deixando inundações severas em Havana e Varadero, informou a Agência EFE. Ainda segundo a EFE, em Porto Rico, onde o furacão passou há três dias, 66% do serviço de fornecimento de energia já foi restabelecido.