Líder da quadrilha morto em confronto com policiais civis na região do Morumbi, na zona sul da capital paulista, Mizael Pereira Bastos, o Sassá, participou de ataques a bancos no interior de São Paulo neste ano, segundo a Polícia Civil. Entre as ocorrências, está a explosão de caixas eletrônicos na prefeitura de São Roque, além de agências bancárias em Indaiatuba e Aguaí. Ao todo, dez suspeitos morreram no tiroteio deste domingo (3/9).
Sassá foi morto a tiros após tentar fugir de um Fiat Toro blindado, de cor vermelha, que bateu contra uma viatura descaracterizada do Departamento de Investigações Criminais (Deic) na Rua Pureus, no Jardim Guedala. Após a colisão, o líder do bando teria desembarcado do veículo, atirado contra os policiais e saído correndo.
Ele foi baleado na Rua Santo Eufredo. O corpo ficou caído de barriga para cima, ao lado de um aparelho celular. Uma vítima de um assalto na região reconheceu o tênis que Sassá usava, da marca Lacoste, como sendo do pai dela.
Segundo as investigações, Sassá havia conseguido fugir de outros grandes ataques. O último deles na madrugada do dia 2 de agosto: um assalto a uma agência bancária em Indaiatuba, que terminou com quatro suspeitos mortos, além de dois presos e dois foragidos.
Na ocasião, os assaltantes conseguiram levar parte do dinheiro de um cofre e chegaram a invadir uma residência e a fazer reféns durante a fuga. A quadrilha trocou tiros com a Guarda Civil da cidade, acertando um deles de raspão. Na sequência, houve confronto com agentes do Deic.
Em maio, Sassá teria participado da explosão de caixas eletrônicos na Prefeitura de São Roque, com um morador da cidade e dois suspeitos mortos. A van conduzida pelo morador foi alvejada mais de 110 vezes. O líder e parte do bando teria conseguido fugir com cerca de R$ 35 mil.
Já em março, a quadrilha explodiu duas agências bancárias de Aguaí e chegou a usar extintores de incêndio para fazer uma cortina de fumaça e dificultar a visão dos policiais. Um suspeito morreu e um policial militar foi atingido no braço na troca de tiros.
Ocorrência
Além de Sassá, a Polícia Civil identificou Felipe Macedo de Azevedo, o Miojo, como um dos mortos no tiroteio do Morumbi. Os outros são: Edmilson José Rocha, Jeferson Souza de Melo, José Aldo Martins de Souza, Diego Ferreira da Silva, Paulo Ricardo Sena Matos e Lucas Augusto da Silva. Dois corpos ainda não foram identificados. Quatro policiais ficaram feridos por estilhaços no confronto.
Suspeita de praticar mais de 20 assaltos no Morumbi e Jardim Europa, além de invadir condomínios de alto padrão na Grande São Paulo e no interior, a quadrilha foi surpreendida por policiais do Deic ao sair da mansão de um empresário na Rua Puréus, por volta das 19h30. Três adultos e uma criança estavam dentro da casa assaltada pelos criminosos - uma residência de luxo, com primeiro andar e sem muro.
Os assaltantes teriam rendido os moradores e quebrado uma parede para ter acesso ao cofre. Algumas joias já teriam sido separadas, no momento em que parte do bando, que estava do lado de fora, percebeu a aproximação da polícia.
Eles eram investigados há meses. Policiais suspeitaram de um novo ataque neste domingo e conseguiram a informação sobre os veículos que seriam usados, o Fiat Toro e um Hyundai Santa Fé. Com apoio do Garra, a operação começou por volta das 13 horas.
Segundo a Polícia Civil, ao perceber a chegada dos agentes, os assaltantes abandonaram objetos que iriam roubar dentro da residência e tentaram fugir. Três suspeitos foram mortos dentro do Santa Fé, que tentava escapar em direção da Avenida Morumbi no momento em que bateu na viatura dos policiais. Um dos que fugiram a pé do veículo foi baleado na Rua Melo Moraes Filho.
Outros cinco suspeitos tentaram descer a rua no Santa Fé, mas foram perseguidos e bateram em um poste. Todos eles morreram no confronto. Os policiais apreenderam quatro fuzis, além de revólveres.