Aline Brito*
postado em 11/07/2017 08:36
Desde o início do inverno, em 21 de junho, o Brasil vem registrando baixas temperaturas em diversas regiões que não viam frio tão intenso há um bom tempo. Em Minas Gerais, por exemplo, termômetros mostraram até 0,8;C negativos (no Sul do estado) e 0,4; negativos na região da Serra da Mantiqueira na primeira quinzena de julho. A primeira vez que o pico da Serra ; entre a cidade de Bocaina de Minas e os municípios fluminenses de Itatiaia e Resende ; atingiu temperaturas tão baixas foi em 11 de junho de 1895, quando nevou por nove horas seguidas.
[SAIBAMAIS]A meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia Naiane Araújo disse que o clima frio pode se estender até meados de outubro em algumas partes do país. ;No Centro-Oeste, no finalzinho de julho, começa a amenizar, o calor passa a se instalar;, destacou. O motivo do frio intenso no país este ano é uma massa de ar polar que chegou no início de junho, a terceira mais forte do ano, segundo a Climatempo. Algumas das maiores metrópoles brasileiras estão sofrendo com as baixas temperaturas. Além de Belo Horizonte, Brasília chegou a registrar sensação térmica negativa.
A capital carioca também foi atingida pelas baixas temperaturas. De acordo com o Centro de Operações do Rio (COR), na última semana, os termômetros chegaram a marcar 11,3;C na Estação no Alto da Boa Vista, Zona Sul. O Nordeste também sentiu o inverno, com resfriamento intenso na Bahia. Alguns locais do estado atingiram 10,2;C.
Devido à massa de ar frio, o comércio teve uma alta na venda de agasalhos, cobertores e produtos contra alergia. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista do DF, Edson de Castro, disse que a projeção para o período de 1; de junho a 30 de julho era de 2,5% de aumento nas vendas de artigos contra o frio, o mesmo do ano passado, mas vários fatores contribuem para a superação das expectativas, como diminuição dos juros, liberação do FGTS, queda da inflação e, principalmente, o frio intenso. ;Há lojas que já estão vendendo em torno de 4% a mais do que no ano passado, principalmente cobertores, mantas e blusas de lã;, comentou Castro.
A venda de medicamentos também teve um aumento significativo, de acordo com dados do Sindicato das Farmácias do DF. A venda de artigos da linha contra gripe subiu de 20% a 25%. Hidratantes, óleos corporais, nebulizadores e umidificadores tiveram uma procura 30% superior ao mesmo período do ano passado.
*Estagiária sob supervisão de Cida Barbosa