Jornal Correio Braziliense

Brasil

Frio intenso deve se manter até outubro em algumas regiões do país

Algumas das maiores metrópoles brasileiras estão sofrendo com as baixas temperaturas. Além de Belo Horizonte, Brasília chegou a registrar sensação térmica negativa

Desde o início do inverno, em 21 de junho, o Brasil vem registrando baixas temperaturas em diversas regiões que não viam frio tão intenso há um bom tempo. Em Minas Gerais, por exemplo, termômetros mostraram até 0,8;C negativos (no Sul do estado) e 0,4; negativos na região da Serra da Mantiqueira na primeira quinzena de julho. A primeira vez que o pico da Serra ; entre a cidade de Bocaina de Minas e os municípios fluminenses de Itatiaia e Resende ; atingiu temperaturas tão baixas foi em 11 de junho de 1895, quando nevou por nove horas seguidas.

[SAIBAMAIS]A meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia Naiane Araújo disse que o clima frio pode se estender até meados de outubro em algumas partes do país. ;No Centro-Oeste, no finalzinho de julho, começa a amenizar, o calor passa a se instalar;, destacou. O motivo do frio intenso no país este ano é uma massa de ar polar que chegou no início de junho, a terceira mais forte do ano, segundo a Climatempo. Algumas das maiores metrópoles brasileiras estão sofrendo com as baixas temperaturas. Além de Belo Horizonte, Brasília chegou a registrar sensação térmica negativa.

A capital carioca também foi atingida pelas baixas temperaturas. De acordo com o Centro de Operações do Rio (COR), na última semana, os termômetros chegaram a marcar 11,3;C na Estação no Alto da Boa Vista, Zona Sul. O Nordeste também sentiu o inverno, com resfriamento intenso na Bahia. Alguns locais do estado atingiram 10,2;C.

Devido à massa de ar frio, o comércio teve uma alta na venda de agasalhos, cobertores e produtos contra alergia. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista do DF, Edson de Castro, disse que a projeção para o período de 1; de junho a 30 de julho era de 2,5% de aumento nas vendas de artigos contra o frio, o mesmo do ano passado, mas vários fatores contribuem para a superação das expectativas, como diminuição dos juros, liberação do FGTS, queda da inflação e, principalmente, o frio intenso. ;Há lojas que já estão vendendo em torno de 4% a mais do que no ano passado, principalmente cobertores, mantas e blusas de lã;, comentou Castro.

A venda de medicamentos também teve um aumento significativo, de acordo com dados do Sindicato das Farmácias do DF. A venda de artigos da linha contra gripe subiu de 20% a 25%. Hidratantes, óleos corporais, nebulizadores e umidificadores tiveram uma procura 30% superior ao mesmo período do ano passado.

*Estagiária sob supervisão de Cida Barbosa