De acordo com a prefeitura, as agremiações receberam cerca de R$ 24 milhões para os desfiles de 2017, e, agora, 50% do valor serão revertidos para melhorar a alimentação e o material escolar das crianças.
O prefeito disse que o valor atual é muito baixo e por isso precisa ser revisto. ;O valor que é pago hoje é muito pouco até mesmo para comprar um iogurte. O que estamos fazendo é refletir como gastar melhor. Se vamos usar esses recursos para uma festa de três dias [Carnaval] ou ao longo de 365 dias ao ano;, disse Crivella.
[SAIBAMAIS]A prefeitura, no entanto, negou que as escolas do grupo especial serão prejudicadas. Conforme o planejamento da administração do município, o carnaval do Rio vai receber novos investimentos no Sambódromo, em 2018. A Avenida Marquês de Sapucaí, conhecida como a Passarela do Samba, passará por obras de infraestrutura, com a previsão de modernização dos sistemas de luz e som, além da instalação de telões por toda a extensão.
A prefeitura garantiu ainda que o remanejamento não significa que as escolas de samba ficarão sem recursos. A ideia é fazer os investimentos diretamente nas agremiações por meio do Conselho de Turismo com a utilização de um fundo setorial ou por cadernos de encargos.
A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) informou, que, por enquanto, não vai se pronunciar sobre a decisão do prefeito. Estava prevista para esta segunda-feira uma reunião de Crivella com a direção da Liesa, mas por questões de agenda do prefeito, o encontro foi cancelado, segundo a entidade, na semana passada. A liga não foi informada se haverá uma nova data para a reunião. A prefeitura confirmou que não há previsão de quando deverá ocorrer o encontro.