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Após 13 dias internado, jovem agredido por policial militar tem alta

O estudante passa bem e continuará o tratamento via ambulatorial. Ele deu entrada no hospital depois de ter sido agredido pelo policial em um protesto em Goiânia


Mateus deu entrada na última sexta-feira (28/4), após ter sido fortemente agredido com um cassetete por um policial militar durante manifestação da greve geral, em Goiânia. No dia seguinte à internação, foi submetido a procedimentos cirúrgicos com as equipes de Neurocirurgia e Bucomaxilofacial. A pancada que o capitão deu contra o jovem foi tão forte que arrancou a capa de borracha que encobre o cassetete.
O capitão Augusto Sampaio de Oliveira Neto, subcomandante da 37.; Companhia Independente, ligada ao Comando do Policiamento de Goiânia, foi afastado pela Polícia Militar de Goiás e deve se dedicar a atividades administrativas. A punição dura ao menos 30 dias, período em que será conduzido Inquérito Policial Militar sobre o caso. O prazo para a investigação ainda pode ser prorrogado por mais 15 dias, e depois o processo será encaminhado à Justiça.
No protesto do dia 28, a repressão teve início após a dispersão dos organizadores e a permanência de um grupo de jovens estudantes, a maioria deles mascarados. Durante a manifestação, vidraças de pelo menos um banco foram quebradas no centro de Goiânia.
Não há imagens que liguem o estudante aos atos de vandalismo. Silva aparece apenas correndo no meio da multidão quando o militar corta o seu caminho e desfere o golpe. Circularam pelas redes sociais imagens de quatro PMs batendo em uma jovem caída no chão. O próprio capitão é flagrado empurrando manifestantes.
A reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG), onde Silva estuda, condenou "atos de repressão contra o direito à livre manifestação". O Ministério Público goiano informou ainda que vai acompanhar todas as investigações para individualizar eventuais desvios de conduta.