O centro do Rio amanheceu no dia seguinte aos protestos contra as reformas trabalhistas e previdenciárias com carcaças de ônibus queimados nas ruas e diversos bancos, edifícios, estações de metrô e VLT depredados. O Hospital Municipal Souza Aguiar, na região central, recebeu sete pessoas que foram feridas nas manifestações, duas delas ainda estavam internadas na manhã deste sábado, 29.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que ao menos seis dos sete feridos levados ao hospital foram atingidos por balas de borracha. Os dois pacientes que ainda estão internados, um homem e uma mulher, passaram por cirurgia e estão estáveis. Ele teve uma lesão na face por bala de borracha e ela uma lesão vascular. Os demais feridos já liberados tiveram trauma no tórax, lesão na perna, ferimento no couro cabeludo, trauma de face e ferimento na coxa.
Alguns prédios depredados, localizados na Avenida Rio Branco próximo à Candelária, no Centro já passavam por reparos na manhã deste sábado. Também eram recolocados tapumes que foram arrancados durante os confrontos. Pelo menos nove ônibus foram incendiados, além de uma picape, segundo a Rio-Ônibus.
As estações de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que ligam a região portuária ao centro e ao aeroporto Santos Dumont, tiveram vidros quebrados e placas arrancadas.
A Polícia Militar declarou em nota divulgada na noite desta sexta-feira, 28, que agiu "em vários distúrbios, reagindo à ação de vândalos que, infiltrados entre os legítimos manifestantes, promoveram atos de violência e baderna pelo centro da cidade". A PM informou ainda que continuava nas ruas, "buscando neutralizar a ação de vândalos que se passam falsamente como manifestantes "
Procurada pela reportagem neste sábado, a Polícia Civil informou não ter ainda um balanço de presos nas manifestações.