Nesta sexta-feira, Adolfo protocolou no Tribunal de Justiça de Minas Gerais pedido de revogação preventiva da prisão de seu cliente, tendo como base a ;procrastinação; do processo devido a recursos do Ministério Público. Bruno responde na Justiça pelo assassinado de Eliza Samudio, em 2010 e já foi condenado em primeira instância.
Enquanto o TJMG não decide sobre a revogação da prisão do goleiro, a defesa dele conseguiu, no fim da tarde desta sexta-feira, uma vitória. O juiz da Vara de Execuções Criminais (VEC) da comarca de Contagem, Wagner de Oliveira Cavalieri, acatou pedido de Lúcio Adolfo, para que seu cliente retorne ao presídio de Varginha, no Sul de Minas, cidade onde ele e a mulher se instalaram recentemente, para retomar o cumprimento de sua pena, até qualquer nova decisão judicial.
No meio da tarde desta quinta-feira, depois de sua soltura ter sido revogada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STF) dois dias antes, Bruno Fernandes se entregou à Justiça de Varginha. Horas depois foi transferido para o presídio de Três Corações, município vizinho.
Para Lúcio Adolfo, os fatos recentes, principalmente depois da soltura do goleiro, demonstram o processo de ressocialização de seu cliente, que reiniciou sua profissão no futebol, para ter recursos financeiros para cuidar de suas filhas e a atual esposa. Bruno teve duas filhas no primeiro casamento, além do filho de Eliza, que ela tentava comprovar ser do atleta.
Para Lúcio Adolfo, ao anexar cópia do resultado que confirma a gravidez de Ingrid, espera-se chamar a atenção dos julgadores para uma questão humanitária em relação ao seu cliente. ;O que estou vendo é uma franca perseguição ao Bruno, ao contrário do Macarrão, envolvido no mesmo crime, que está em liberdade para trabalhar;, destacou.
Sequestro e morte em trama macabra
Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e três meses pelo sequestro de Eliza e o filho dela, e a morte da mulher por estrangulamento. Pela confissão, ele teve redução da pena para 17 anos e seis meses, já tendo cumprido seis anos e sete meses de prisão em regime fechado.
O atleta foi denunciado como mandante da trama. O executor foi seu ex-amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, que contratou o ex-policial Marcos Aparecido Santos, o Bola, para assassinar a vítima.
Em 24 de fevereiro, foi solto, beneficiado por liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello, no pedido de habeas corpus, dando a ele o direito de aguardar em liberdade o julgamento de um recurso contra sua condenação.