Os 54 integrantes da torcida foram autuados em formação de quadrilha, corrupção de menores e também no código 41b do Estatuto do Torcedor, que diz respeito a promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos. Na ação, os policiais também apreenderam uma pistola 9mm, dois carregadores, dez pinos de cocaína e dois tabletes de maconha.
"Vamos continuar trabalhando na prevenção e efetuando a prisão daqueles que insistem em cometer atos de violência, mas precisamos efetivamente questionar até quando pessoas vão se comportar dessa forma em eventos de futebol. A segurança pública vem cumprindo seu papel", afirmou o major Silvio Luiz, comandante do Gepe.
Terceira vez
De acordo com a concessionária SuperVia, que administra os trens do Rio, pela terceira vez esse ano torcidas organizadas causaram prejuízos ao sistema, além de assustar passageiros. Segundo a empresa, por volta das 17h, antes do clássico, um grupo de 500 torcedores destruiu portas, lixeiras, uma catraca, uma cadeira e um totem da estação Bonsucesso. Durante o tumulto, a bilheteria foi saqueada, um extintor furtado e dois passageiros foram assaltados. Eles foram obrigados a entregar celulares e dinheiro"O ataque começou logo após um trem passar pela estação sem realizar parada por medida de segurança, já que na composição havia um grupo de torcedores rival ao que se encontrava na plataforma de embarque. O Centro de Controle Operacional da SuperVia acionou imediatamente o Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer) e o Gepe para as providências necessárias, além de designar equipes para dar suporte aos passageiros. O grupo deixou a estação cerca de dez minutos depois. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado para atender a bilheteira da empresa, que passou mal devido à confusão. Ela foi atendida no local e liberada em seguida, sem gravidade", informou a SuperVia.