Jornal Correio Braziliense

Brasil

Ministério da Saúde vai dividir doses de vacina contra febre amarela

Ideia é diluir uma dose e transformá-la em cinco doses. Estudos demonstram que, com esse processo, o efeito protetor da vacina se mantém, mas por um prazo muito menor do que a vacina tradicional: um ano, em vez de 10

[SAIBAMAIS]Diante do aumento da pressão de estados e das filas enfrentadas em áreas onde não há risco da doença, o ministério encomendou um levantamento às secretarias de saúde para verificar qual a necessidade de ampliação da oferta. ;Dependendo do quantitativo, vamos importar ou fazer o fracionamento;, disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros. ;Essa é uma decisão que vai depender do quanto a gente necessitar nesse momento;, completou.

A decisão deve ser anunciada na próxima terça-feira. O ministério já encomendou à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) um pedido para avaliar o preço e disponibilidade de seringas usadas para o fracionamento da vacina, não disponíveis no Brasil.

De acordo com a Opas, não há ainda uma definição sobre o preço do produto ou quando ele poderá ser entregue. Essas seringas especiais têm um tamanho menor, padronizado para a dose ;diluída; da vacina contra febre amarela. O ministro afirmou que uma sondagem também está sendo feita para a compra de diluentes para fazer o fracionamento da vacina.

Reforço

Cerca de 3,5 milhões de doses de vacina contra a febre amarela foram enviadas ao Brasil pelo Grupo de Coordenação Internacional para Fornecimento de Vacinas. Este grupo inclui quatro agências internacionais: a Organização Mundial da Saúde (OMS); o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); a Cruz Vermelha e a ONG Médicos sem Fronteiras. As informações são da ONU News.

Segundo a OMS, o governo brasileiro deve reembolsar os custos das doses enviadas, que já chegaram ao Rio de Janeiro e devem ser utilizadas também em São Paulo e na Bahia. A agência da ONU trabalha com as autoridades nacionais para garantir a proteção da população e evitar que a febre amarela se espalhe. O Ministério da Saúde brasileiro reportou à OMS 492 casos confirmados e 162 mortes no país.