A investigação de crimes ambientais ligados à extração, ao transporte e à comercialização ilegal de madeira colocaram a Polícia Federal em uma operação no Sudoeste do Maranhão nesta quinta-feira (23/3). A ação, intitulada Maravalha, apura o envolvimento de serrarias em atividades ilegais com madeira retirada das terras indígenas de Caru, Araribóia e da Reserva Biológica do Gurupi.
[SAIBAMAIS]De acordo com a PF, por conta de 3 ações civis públicas foram executadas 10 interdições de serrarias clandestinas nos municípios de Arame, Amarante e Buriticupu. "Tais estabelecimentos tem fortes indícios de receptarem madeira ilegalmente extraída de Terras Indígenas e de unidade de conservação federal, o que poderá gerar prisão em flagrante dos responsáveis", diz nota da corporação.
Os investigados responderão por crimes como desobediência à decisão judicial, receptação qualificada, depósito de produto de origem vegetal sem licença válida, dentre outros.
A Operação Maravalha é feita em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Participaram da ação um total de 200 pessoas, entre policiais federais lotados na Superintendência da PF no Maranhão e na Delegacia da PF em Imperatriz, além de policiais rodoviários federais, servidores do Ibama e do ICMBio e bombeiros militares do estado do Maranhão. Dois helicópteros do Ibama foram usados nas diligências.
O nome da operação é uma referência ao termo que identifica os restos da serragem de madeira em serrarias, uma vez que o objetivo foi atingir as serrarias irregulares remanescentes das operações realizadas no ano de 2016.