Brasil

Jovem de 14 anos ganha ouro no Parapan na mesma modalidade que a mãe

Filha de atleta tricampeã parapan-americana no tênis de mesa, Lethícia Rodrigues ficou em primeiro lugar na disputa da classe S8 nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, em São Paulo

Maíra Nunes - Enviada especial
postado em 21/03/2017 23:12
São Paulo ; Aos 14 anos, Lethícia Rodrigues era só sorrisos após conquistar o ouro no tênis de mesa, classe S8 (andante com mobilidade reduzida), nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, em São Paulo. A inspiração, ela traz de casa. Afinal, é filha de Jane Karla, dona de casa que enveredou para a carreira de esportista paralímpica.
Com um detalhe ainda mais especial, Jane chegou a competir por duas modalidades diferentes em Paralimpíadas: com a mesma que a filha optou, o tênis de mesa, Jane foi aos Jogos de Pequim-2008 e Londres-2012; e foi à Rio-2016 com o tiro com arco. Na primeira modalidade, Jane levou dois ouros (individual e por equipe) no Parapan do Rio-2007 e outro ouro no Parapan de Guadalajara-2011. Voltou a subir no lugar mais alto do pódio no Parapan de Toronto-2015, desta vez, com o tiro com arco.

"Me inspiro muito na minha mãe, porque ela já jogou tênis de mesa e já foi campeã", comemora a jovem atleta, que não conta com a companhia da mãe na primeira competição internacional que disputa. Acompanhada da delegação brasileira, Lethícia não demorou para receber os parabéns da matriarca pelo desempenho vitorioso. As felicitações de Jane Karla foram uma das primeiras a chegarem à filha, por telefone mesmo.

Em casa, Lethícia diz que, além do exemplo, aproveita para pegar dicas e conselhos com a mãe para se preparar melhor técnica e emocionalmente. E a influência esportiva não para por aí. Embora não more com o pai, Lincoln Lacerda, a jovem tenista de mesa teve o pai como o primeiro técnico da modalidade. Referências dentro da família, não faltam. E, com um ouro no pescoço do Parapan entre atletas de 13 a 21 anos, não há como negar que trata-se de uma boa pupila, com um futuro promissor no esporte como é a trajetória da mãe, Jane Karla.
A repórter viaja a convite da Comitê Paralímpico Brasileiro

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação