Um adolescente de 17 anos morreu na terça-feira (14/2) por complicações depois ter uma mangueira de ar comprimido inserida no ânus. Ele estava internado na Santa Casa de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A agressão o fez perder parte do intestino e, depois de 11 dias internado, sofreu uma parada cardíaca. Os médicos tentaram reanimá-lo por 45 minutos. A polícia pediu a prisão preventiva dos dois suspeitos, que eram colegas de trabalho da vítima.
O adolescente trabalhava em um lava-jato, onde sofreu a agressão com a mangueira em 3 de fevereiro. Segundo as investigações, o dono do estabelecimento teria inserido uma mangueira de compressão de ar no ânus do jovem enquanto uma outra pessoa o segurava. Eles disseram em depoimento que foi uma "brincadeira" e que isso era comum entre os três. Além disso, alegaram que, no dia do crime, o ato foi iniciado pela própria vítima.
Os dois suspeitos foram ouvidos no dia do crime, mas não foram presos porque, de acordo com a polícia, se apresentaram espontaneamente e não ofereciam risco à vítima. O caso não foi inicialmente registrado como abuso porque, para a polícia, não ficou evidente a conotação sexual. Ainda não se sabe quais são as acusações oficiais feitas contra os envolvidos. Uma criança de 11 anos presenciou o crime e também depôs sobre o caso.
O adolescente chegou ao hospital em estado grave e teve que passar por cirurgias. Durante a internação, o jovem chegou a sair do estado de risco de morte, mas depois teve complicações no esôfago, que resultaram em perda de líquidos e sangue.
O crime é investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).