Segundo ele, tão logo o governador em exercício César Colnago pediu ajuda das forças de segurança federais, o atendimento foi rápido. "O pedido formal do governo estadual chegou às 10 horas de segunda e, às 17 horas, já tínhamos homens em Vitória", explicou o ministro em entrevista concedida nesta manhã (13/2) à Rádio Estadão.
"Desde segunda-feira, quando iniciamos nossa ação, embora algumas mortes ainda tenham acontecido, o que diz respeito à ordem pública foi restabelecido, não houve mais arrombamentos e arrastões. As Forças Armadas atuaram com eficiência e velocidade", disse. Desde o início do motim, há 10 dias, cerca de 150 pessoas morreram no Estado, de acordo com balanço do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo.
[SAIBAMAIS]Neste domingo (12/2), após reunião com o presidente Michel Temer, Jungmann chegou a admitir que a crise na segurança pública capixaba trouxe desgaste para a imagem do País porque, de fato, há uma situação de intranquilidade na população. Mas, questionado se o presidente da República demorou a se pronunciar sobre o caso, o ministro afirmou que mais importante que falar é agir. "Assim que Temer recebeu a ligação do governador em exercício, ordenou imediatamente a nossa ação, o que alivia a população", argumentou.
Jungmann disse, ainda, que, segundo o informe preliminar do Comandante Militar do Leste, os serviços básicos, como bancos, transporte público e escolas, estão se normalizando na Grande Vitória, e, embora não tenha informações sobre o interior, afirmou que acredita que tudo também esteja caminhando para a normalidade.
O ministro afirmou que 1,4 mil policiais militares já voltaram ao trabalho nesta segunda-feira, 13, e que, ao longo do dia, esse número deve aumentar. Segundo ele, muitos PMs foram impedidos de trabalhar pelos grevistas mais radicais, mas, para Jungmann, o movimento deve perder força, uma vez que a capacidade de pressão do motim era o medo da população, que agora está recuperando a normalidade. "Os policiais amotinados estão num beco sem saída."
Jungmann informou que há ainda 3.130 homens das Forças Armadas e da Força Nacional nas ruas capixabas, efetivo maior do que a Polícia Militar normalmente mantém em patrulhamento. O reforço deve ficar no Estado até o dia 16, mas esse período pode ser estendido por Temer caso haja alguma avaliação nesse sentido do governo estadual.
Sobre a situação no Rio de Janeiro, o ministro admitiu que há um protesto similar ao capixaba, e que está acompanhando a situação, mas lembrou que os policiais não estão aquartelados. "Estou em contato com o governador Pezão, que disse que quase 100% do efetivo está na rua. De qualquer maneira, o Comando Militar do Leste está preparado para ocupar posições em caso de qualquer eventualidade", disse.