Jornal Correio Braziliense

Brasil

Ministro da defesa pede que policiais honrem as fardas e voltem às ruas

Raul Jungmann reconheceu as reivindicações como justas, mas disse que o limite delas é a vida e proteção da sociedade

Em coletiva no início da tarde deste sábado (11/2), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, se pronunciou sobre a volta do policiamento nas ruas do Espírito Santo. Jungmann reconheceu as reivindicações como justas, mas disse que o limite delas é a vida e proteção da sociedade. ;Não se pode aceitar nenhuma reivindicação que coloque em risco a vida da sociedade", afirmou.

O responsável pela pasta aproveitou ainda para fazer um apelo aos policiais militares que ainda não voltaram ao trabalho na manhã de hoje, como previa o acordo entre Governo do Estado e quatro associações da Polícia Militar, realizado no início da noite de sexta-feira (10/2). ;Fazemos um apelo aos policiais que honrem as suas fardas e seus juramentos e venham pra rua defender sua sociedade;, disse.

Jungmann não respondeu perguntas dos jornalistas presentes e disse que após a reunião que as autoridades terão na tarde de hoje, haverá outra coletiva. Ele afirmou que Vitória caminha para o retorno da normalidade. ;Tivemos uma redução expressiva de homicídios e assassinatos. O sistema de transporte está voltando a funcionar;, relatou.

O ministro afirmou que estão sendo empregados 3130 homens, sendo 300 da Força Nacional de Segurança, mais de 180 veículos e 3 helicópteros. E ainda declarou que todos os recursos necessários ficarão disponíveis pelo tempo que for preciso.

Mortos

O número de pessoas assassinadas no Espírito Santo subiu para 137 neste sábado, dia seguinte do anúncio feito pelo governo do Estado de um acordo com associações da Polícia Militar. O total de homicídios em oito dias de motim já superou o registrado durante todo o mês de fevereiro do ano passado (122). Os dados são do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES).

As mulheres dos policiais militares seguem acampadas em frente ao Quartel Central da corporação em Vitória, impedindo a saída dos PMs. O acordo previa que os PMs voltariam ao trabalho às 7h deste sábado, mas o grupo de mulheres permanece diante do portão do batalhão impedindo a saída dos policiais.


Com informações da Agência Estado