Sobre os trilhos da Companhia do Metropolitano de São Paulo, quem corria na manhã desta quarta-feira (8/2), era um cachorro. Visto na altura da Estação Tiradentes, no centro da cidade, o animal invadiu o espaço dos trens e obrigou as composições da Linha 1-Azul e 3-Vermelha a circularem com velocidade reduzida e maior tempo de parada por mais de uma hora, enquanto funcionários tentavam retirar o bicho em segurança.
As plataformas ficaram abarrotadas e chegou-se a instalar bloqueios de acesso em algumas estações. No fim, o cachorro fugiu e foi perdido de vista.
O Metrô afirma que o animal invadiu os trilhos às 7h30, mas a operação teria sido normalizada às 8h40. Nesse período, o animal percorreu várias estações. "É o novo Bolt, correu da Parada Inglesa (na zona norte) até a Vergueiro (zona sul)", comentou a usuária Priscilla Padilha, no Facebook.
"Chamem o cãozinho de Ronaldinho Gaúcho, porque ele ;dibrou; a segurança todinha do Metrô", brincou Laíza Taura, na rede social Após a perseguição pelos trilhos, o cachorro simplesmente desapareceu. "Evadiu-se do sistema", diz o Metrô, no Twitter.
Inicialmente, foram afetados os trens da Linha 1-Azul, onde o animal estava. Também foi preciso intervir na operação da Linha 3-Vermelha por causa da integração na Estação da Sé, na região central.
De acordo com o Metrô, a estratégia foi adotada para conter a entrada de passageiros na Linha 1 e evitar que as plataformas ficassem superlotadas.
"Se eu contar pra minha chefe, ela não vai acreditar nessa conversa. Me ajuda aí, Metrô", escreveu a usuária Lane Keila, sobre como justificaria o atraso no trabalho.
Mas nem todo mundo achou o episódio engraçado. "O cachorrinho fica passeando na via, e eu perco 2 horas do meu salário suado", afirmou Priscila Ribeiro.
Usuários também relataram paradas de até 40 minutos e reclamaram da falta de avisos. "É um absurdo!! 21 minutos esperando passar um metrô na Sé. Só vieram informar o problema depois de mais de 10 minutos quando as estações já estavam lotadas" escreveu Marina Furquim. "Pior ainda que desligam o metrô e deixam a gente cozinhando lá dentro, sem ar", disse Aila Meilin.