Brasil

Servidores da Cedae entram em greve para protestar contra privatização

Proposta do governador Luiz Fernando Pezão de privatização da empresa será analisada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) na quinta-feira (9)

postado em 06/02/2017 17:49
Os servidores da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) do Rio de Janeiro entram em greve amanhã (7/2) para protestar contra a proposta do governador Luiz Fernando Pezão de privatização da empresa que será analisada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) na quinta-feira (9). O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Saneamento Básico e Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Sintsama-RJ) garantiu que não faltará água para a população e que a paralisação vai respeitar a Lei de Greve, que exige que 30% dos funcionários da empresa continuem operando o sistema.

Ontem, funcionários da companhia fizeram manifestação na orla de Copacabana. O Projeto de Lei 2.345/17, que autoriza a venda da Cedae, é pré-condição imposta pelo governo federal para liberar empréstimos e aliviar a dívida estadual com a União. O projeto autoriza o governo a vender as ações da companhia e dá prazo de seis meses para a contratação da instituição financeira federal que será responsável pelo processo de privatização. A proposta também autoriza o governo do Rio a contrair empréstimos de até R$ 3,5 bilhões que terão como garantias as ações da Cedae. Os recursos obtidos com a venda da companhia devem ser usados para quitar o empréstimo. De acordo com o executivo, a intenção do empréstimo é colocar em dia a folha de pagamento dos servidores, quitar dívidas com fornecedores e garantir o funcionamento da máquina pública.

O Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe) pretende fazer no dia 7 um ato em defesa da Cedae, ao meio-dia, em frente à Alerj e, no dia seguinte, uma vigília, no mesmo local e horário, quando os manifestantes pretendem percorrer os gabinetes dos deputados. Na quinta-feira (9), os servidores têm programado um grande protesto contra o pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo estadual e que será votado na Alerj e em defesa da Cedae.

Na semana passada, reabertura dos trabalhos legislativos da Casa, houve um protesto que terminou em confronto entre a polícia e os servidores. Um ônibus foi queimado, o comércio na região fechou as portas e estações do metrô próximas também fecharam.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação