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Homologação de delação da Odebrecht é um ato de justiça, afirma OAB

Durante o velório do ministro Teori Zavascki, no dia 21, Lamachia já havia defendido a homologação das delações da Odebrecht pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, no intuito de não atrasar as investigações

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, disse nesta segunda-feira (30/1) que a homologação da delação de 77 executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht é um "ato de justiça" que mostra à sociedade brasileira que o julgamento do esquema de corrupção investigado no âmbito da Operação Lava Jato "não será interrompido".

"A homologação é um ato de justiça não apenas à memória do ministro Teori Zavascki, mas de garantia à sociedade de que o julgamento da Lava Jato não será interrompido ou mesmo atrasado, beneficiando corruptos e corruptores", disse Lamachia, em nota enviada à imprensa.

Na avaliação de Lamachia, é preciso que fique "bastante claro" para a sociedade brasileira o "papel de cada um dos envolvidos" no esquema de corrupção, independentemente de eles integrarem os quadros da iniciativa privada ou serem agentes públicos. "Nessas horas, a luz do sol é o melhor detergente", concluiu Lamachia.

[SAIBAMAIS]Durante o velório do ministro Teori Zavascki, no dia 21, Lamachia já havia defendido a homologação das delações da Odebrecht pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, no intuito de não atrasar as investigações.

Cármen homologou as delações durante o recesso do Poder Judiciário, período no qual trabalha em regime de plantão despachando casos considerados mais urgentes.

A decisão de Cármen - de fazer ela mesma a homologação - foi feita depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter pedido de urgência na análise e homologação das delações da Odebrecht. Cármen não retirou o sigilo das delações.

O STF informou na manhã desta segunda-feira que a documentação das delações será enviada ainda hoje à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Ajufe

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) afirmou, em nota enviada à imprensa na manhã desta segunda-feira (30/1), que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, demonstrou "o seu compromisso com a celeridade processual" ao homologar a delação de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht.

"A delação homologada permitirá a identificação dos envolvidos na prática das infrações penais e na recuperação dos recursos desviados pela corrupção", diz a nota da Ajufe, assinada pelo presidente da associação, Roberto Veloso.