Jornal Correio Braziliense

Brasil

Permanece polêmica sobre legalização dos jogos de azar

Sociedade, governo e especialistas debatem riscos à saúde, lavagem de dinheiro e expectativa de incremento na economia


Maria*, que joga há 20 anos, define a atividade como entretenimento, lazer e brincadeira. ;Comecei a jogar assim que me casei, a maioria da família do meu esposo joga. E, desde então, o jogo é uma distração;, contou. Ela já chegou a vender panelas, móveis da casa e fazer empréstimos para continuar jogando. ;Tem dias que você não tem dinheiro, mas você quer jogar e faz tudo que é possível para conseguir dinheiro;, afirma Maria.

Francisco* tem 54 anos, sendo 35 dedicados ao jogo. Carrega consigo várias histórias sobre a jogatina, a maioria, de perdas. Casas, lotes, carros, dinheiro, móveis da casa e a própria família são alguns dos bens que ele chegou a perder por causa do vício. ;Em uma noite, cheguei a perder R$ 4 mil. Em outras, cheguei a gastar cinco salários-mínimos e não tinha dinheiro nem para voltar para casa. E minha primeira esposa pediu que escolhesse entre ela e o jogo e, mesmo assim, continuei jogando;, comentou.

De acordo com Suely Guimarães, psicóloga e pesquisadora da UnB, a prática do jogo estimula a parte do cérebro responsável pelo prazer e recompensa. ;O jogo é a única dependência que não é química. O ato de jogar estimula a mesma área do córtex cerebral responsável pela recompensa e pelo prazer, mesma área estimulada pela dependência química;, destacou.

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