[SAIBAMAIS]De acordo com informações do tenente Faustino Júnior, do 11.; Batalhão da Polícia Militar, vizinhos relataram a frase aos investigadores. O caso está sendo apurado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). "Eles pouparam apenas as mulheres e as crianças", disse o tenente.
O oficial disse ainda haver relatos de que as vítimas estavam na residência havia alguns dias e que anteriormente moravam nos bairros de Mãe Luiza, na zona leste da capital, e em Felipe Camarão, na zona oeste, localidades conhecidas como redutos da facção Sindicato do Crime, rival do PCC.
Apesar de o governo do Estado ter dito à reportagem não haver confirmação da relação das mortes com a crise no sistema penitenciário, especialistas e servidores reforçam que a intensificação das atividades das facções tem afetado a segurança pública fora dos muros dos presídios.
"Precisamos urgentemente rever toda essa questão penitenciária pela própria segurança da sociedade. Não são apenas as pessoas que estão lá dentro do presídio que estão se matando. Essas pessoas de lá de dentro estão comandando a criminalidade, estão comandando o tráfico e a distribuição das drogas, as rotas por onde passam as drogas, assaltos a banco, arrombamentos com explosivos de caixas eletrônicos e até assassinatos", disse o procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Rinaldo Reis
Violência. O Estado registrou 1.979 mortes violentas intencionais em 2016, número que agrupa crimes como homicídios, latrocínios e lesão corporal seguida de morte. A quantidade é oito vezes maior do que os registros de homicídio em 2004, quando aconteceram 237 casos cometidos com arma de fogo, de acordo com dados do Mapa da Violência.
A taxa de homicídios por 100 mil habitantes saltou de 8,1 para 28,9, fazendo o Estado deixar a 18.; posição entre os mais violentos para se tornar o quarto.
O governo do Estado informou que 70% das mortes violentas intencionais têm "alguma relação com o tráfico de drogas, que é a principal atividade do crime organizado no Rio Grande do Norte" e que "não poupa esforços para garantir a segurança da população".
"Estamos enfrentando um momento de tensão. As dificuldades do sistema prisional configuram um problema nacional, o Rio Grande do Norte não é um caso isolado. Adotamos muitas medidas e vamos continuar fazendo o possível para preservar a segurança do cidadão."