Jornal Correio Braziliense

Brasil

Brasileira presa por tráfico nas Filipinas pode ser condenada à morte

Yasmin Fernandes Silva foi abordada em 3 de outubro por policiais no aeroporto com mais de seis quilos de cocaína embutidos em um travesseiro.

O Itamaraty acompanha o caso de Yasmin Fernandes Silva de 20 anos presa desde outubro do ano passado por tráfico internacional de drogas em Manila, capital das Filipinas. Segundo a imprensa local, a brasileira foi abordada no dia 3 de outubro por policiais no aeroporto com mais de seis quilos de cocaína embutidos em um travesseiro.

Yasmin embarcou num voo de São Paulo com parada em Dubai e, ao chegar em Manila, foi detida por agentes da imigração, que encontraram o travesseiro suspeito na bagagem. O governo brasileiro informou que a embaixada em Manila está acompanhando o caso desde outubro e que Yasmin está recebendo assistência consular, assim como apoio jurídico de um advogado local.

A prisão acontece num momento em que o presidente daquele país, Rodrigo Duterte, aperta o cerco contra o narcotráfico e defende a volta da pena de morte para condenados por tráfico de drogas. Países asiáticos são conhecidos por serem duros na punição aos presos por tráfico, inclusive a estrangeiros. Em 2015, os brasileiros Marco Archer e Rodrigo Gularte foram executados na Indonésia após serem condenados pelo crime.

Em janeiro de 2015, o instrutor de voo livre Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi fuzilado com um tiro no peito. Ele havia sido preso em 2004, ao tentar entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A execução provocou uma crise diplomática entre os dois países. Rodrigo Gularte foi detido em 2004 depois de tentar entrar no aeroporto de Jacarta com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Durante todo o processo na Justiça do país, a família apresentou vários relatórios médicos para demonstrar que ele sofria de esquizofrenia e que, portanto, não deveria ser executado. Mesmo com os protestos do governo brasileiro, o Itamaraty não conseguiu evitar o cumprimento da sentença.

Por Agência Estado